LOC.: Os debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição que pretende reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas semanais seguem em evidência no Congresso Nacional. Após o número mínimo de s de parlamentares ser atingido, o texto já pode tramitar.
As discussões sobre os formatos de escala já tiveram início, mas é importante questionar outro ponto: afinal, quais setores podem ser mais afetados por essa medida? Na avaliação do presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Oliveira Jr., a mudança afeta, sobretudo, os segmentos que funcionam de forma contínua, como áreas do setor de Comércio, por exemplo.
Além desses, o especialista destaca áreas do setor de Serviços que também utilizam a escala 6x1 para manter as operações todos os dias da semana, como hotéis, restaurantes, padarias, transporte e logística. Ele também considera algumas profissões específicas.
TEC./SONORA: Carlos Oliveira Jr., presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo
“Operadores de caixa, repositórios de supermercado, balconistas, trabalhadores de limpeza, segurança, profissionais de saúde, enfermeiro, técnico, enfermagem, funcionários de transporte, pessoal que dá e em nível de tecnologia, em banco, e atendimento também.”
LOC.: De acordo com o IBGE, 10,3 milhões de pessoas estavam empregadas em empresas do setor de Comércio, em 2022. Desse total, 7,6 milhões atuavam no varejo e 1,9 milhão no atacado.
Oliveira Jr. afirma que a proposta apresenta alguns pontos positivos para o empregado, como mais horas de descanso, por exemplo, mas ele também enxerga desafios para empresas que vão precisar elevar despesas, o que pode ser reado ao consumidor final.
TEC./SONORA: Carlos Oliveira Jr., presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo
“Ela [empresa] tem que contratar mais pessoas para ocupar esse período. E aí vai elevar os custos. Pode impactar com relação a preço, como varejo, hospitalidade, onde a contratação de novos trabalhadores ou pagamento de horas extra pode ser um desafio financeiro. Para empresa de menor porte, a mudança pode ser inviável.”
LOC.: Ainda de acordo com o IBGE, a média salarial do setor de Serviços foi de 2,3 salários mínimos mensais, em 2022. Em relação ao Comércio, a remuneração chegou a uma média de 2,4 salários mínimos.
Reportagem, Marquezan Araújo