LOC.: Até o último dia 15 de abril, 23 municípios brasileiros estavam bloqueados para recebimento do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. A maioria dessas cidades está localizada no estado do Rio Grande do Sul, que conta com 5 entes impedidos.
Na sequência, aparecem Minas Gerais e Rio de Janeiro, com três cidades bloqueadas, cada. O próximo ree do FPM está previsto para esta quinta-feira (17).
O especialista em orçamento público Cesar Lima explica que o bloqueio dos rees ocorre por conta de débitos dos municípios juntos à União ou atrasos na prestação de contas.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em orçamento público
“Dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esse compromisso, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União."
LOC.: Lima destaca que a obrigatoriedade de prestar contas sobre a aplicação dos recursos do FPM é algo a ser observado por todos os municípios do Brasil. Esses entes precisam, inclusive, enviar para a União relatórios de regularidade fiscal e de gestão financeira, para tornar a situação econômica das prefeituras algo transparente.
Entre os municípios bloqueados estão Lagoa Real (BA), Itapajé (CE), Morrinhos (GO), Loreto (MA), Ibirité (MG), Coxim (MS), Rurópolis (PA), Sobrado (PB), Cabo Frio (RJ), Jaquirana (RS), Ribeirópolis (SE) e Filadélfia (TO).
Para desbloquear o ree, o gestor público deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação.
Vale lembrar que a prefeitura não perde os recursos bloqueados de forma definitiva. Eles ficam apenas congelados enquanto as pendências não são regularizadas.
O valor do segundo decêndio de abril chega a R$ 2,3 bilhões. Desta vez, a quantia é cerca de 70% maior do que a transferida no mesmo período de 2024.
Reportagem, Marquezan Araújo