LOC.: O mais recente Relatório de Acompanhamento Conjuntural do setor químico, referente ao primeiro bimestre de 2025, revela um cenário de desaceleração em todas as variáveis mais relevantes. De acordo com os dados, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química, a Abiquim, a produção e as vendas internas de químicos de uso industrial apresentaram quedas de 5,6% e 0,8%, respectivamente. Já a demanda nacional recuou 4%.
No que diz respeito à utilização da capacidade instalada, o setor operou a somente 60%. O resultado corresponde a cinco pontos percentuais abaixo da média de 65% registrada no mesmo período do ano ado. Trata-se do menor nível médio de operação desde 1990.
Já em relação aos grupos de produtos químicos analisados, alguns registraram níveis de ociosidade ainda mais elevados do que a média geral. No caso de intermediários para fertilizantes, a taxa foi de 44%. Quanto aos intermediários para plásticos, o índice foi de 48%.
Ainda de acordo com o levantamento, o Índice Geral de Preços analisado pela Abiquim contou com um salto de 5,1% nos produtos químicos, no primeiro bimestre deste ano. Levando em conta a inflação, os preços reais desses produtos aumentaram 3,6% entre janeiro e fevereiro.
Os resultados negativos do primeiro bimestre foram puxados, principalmente, pelo desempenho registrado em fevereiro. No segundo mês do ano, a produção caiu 10,1% em relação a janeiro, ao o que as vendas internas recuaram 4,5%. A diminuição na demanda em fevereiro foi causada, em grande parte, pela redução de 26,8% no volume de importações dos produtos analisados.
Reportagem, Marquezan Araújo