LOC.: O segundo dia do Fórum Amazônia+21 foi marcado por debates sobre a inovação e possibilidades de promover o desenvolvimento da região por meio de novos modelos de negócios para geração de riquezas e proteção plena bioma. O início dos painéis contou com a apresentação do projeto Amazônia 4.0.
A iniciativa tem como objetivo promover negócios a partir da biodiversidade da floresta e investir no desenvolvimento sustentável e em Laboratórios Criativos na região. As unidades são capazes de incorporar as tecnologias da 4ª Revolução Industrial para viabilizar a descoberta e o aproveitamento dos ativos biológicos e biomiméticos da Amazônia.
O primeiro bloco foi encerrado com o encontro de governadores da Amazônia Legal, quando foi apresentada a pesquisa “Amazônia na Visão dos Brasileiros”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um dos dados mais relevantes apontou que 95% da população concorda que é possível alinhar progresso econômico com a conservação da Amazônia.
De acordo com o estudo, a maior parte da população tem consciência sobre a relevância da região e acredita na união do desenvolvimento à conservação das riquezas naturais ali contidas.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, o resultado da pesquisa desfaz uma falsa dicotomia de que não é possível preservar e desenvolver.
“Isso não é verdade, a própria população brasileira afirma que é possível conciliar as duas agendas, tanto a de preservação e conservação quanto a de desenvolvimento econômico, obviamente de maneira sustentável”
LOC.: Os debates também giraram em torno da Amazônia no cenário global e a sua posição estratégica diante do novo contexto pós-pandêmico. Dentro do contexto internacional em que o meio ambiente ou a ser um tema global, com foco na região, o embaixador Rubens Barbosa avaliou a importância da imagem do Brasil no exterior para avanços importantes, como a entrada em vigor do acordo Mercosul e União Europeia.
“Para conseguir atrair investimentos, inovação e conciliar o meio ambiente com políticas de desenvolvimento sustentável, dado o fato de que a política ambiental é uma política global, tudo isso tem que ver com a percepção externa dos países sobre o Brasil”
LOC.: Para o embaixador, todo o desenvolvimento depende das políticas implementadas pelo governo brasileiro.
Os painéis expam também uma abordagem científica sobre a Amazônia na perspectiva pesquisadores. Além disso, foram exploradas oportunidades de negócios baseados nos ativos da floresta, demonstrando como os pequenos negócios unem biodiversidade, tecnologia e sustentabilidade para aumentar o valor dos produtos e beneficiar as cadeias produtivas locais.
Reportagem, Rafaela Gonçalves