
LOC.: Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que a população brasileira é bastante ligada a questões ambientais, mas também aposta no desenvolvimento econômico. Embora 98% dos brasileiros se digam preocupados com o meio ambiente, 95% da população concorda que é possível alinhar progresso econômico com a conservação da Amazônia.
Os resultados do estudo, encomendado ao Instituto FSB de Pesquisa, mostraram que a maior parte da população tem consciência sobre a relevância da região para o país e para o mundo e acredita na união do desenvolvimento à conservação das riquezas naturais ali contidas.
Oito em cada 10 brasileiros acreditam que o país é capaz de explorar a floresta de forma inteligente, preservando seus recursos naturais. E 93% afirmam que preservar a Amazônia é fundamental para a economia brasileira.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou o potencial da região.
“A Amazônia reúne todas as condições para transformar o Brasil em uma referência global no uso eficiente de recursos naturais e também da agenda de mudanças climáticas. Isso, entretanto, só será possível se as estratégias para a região tiverem como prioridades o uso sustentável da rica biodiversidade da Amazônia”
LOC.: A pesquisa foi realizada no âmbito dos preparativos para o Fórum Mundial Amazônia+21, que acontece de entre os dias 4 e 6 de novembro e vai reunir dezenas de especialistas, empresários e gestores públicos para debater caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Para o coordenador do Fórum e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, a preservação e conservação da Amazônia será possível quanto mais se avançar com a agenda de desenvolvimento econômico. Segundo ele, os empreendimentos com capacidade tecnológica e financeira para mitigar os efeitos e os impactos da implantação e da operação são fundamentais para garantir a conservação do bioma.
“Do contrário, as pessoas se organizam buscando formas alternativas de compor sua renda e por isso grande parte das atividades ilegais que ocorrem é pela falta de oportunidade de bons empregos e de empreendimentos que possam absorver a mão de obra da Amazônia”
LOC.: A pesquisa quis saber também sobre os possíveis impactos socioeconômicos para a região a partir do fortalecimento das atividades econômicas e produtivas nos estados da Amazônia Legal. Os resultados mostram uma percepção positiva em relação ao desenvolvimento sustentável.
Para a grande maioria dos ouvidos, uma maior atividade produtiva na região resultará em benefícios como a redução do desemprego, maior preservação ambiental, mais qualidade de vida e redução das atividades ilegais na região.
Ao todo foram entrevistadas por telefone 2.000 pessoas com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação. A pesquisa foi realizada em duas amostras de 1.000 entrevistas, cada uma representativa das populações de estados abrangidos pela Amazônia Legal e das demais 18 unidades da Federação.
Reportagem, Rafaela Gonçalves