LOC.: O Projeto de Lei Complementar que regulamenta a reforma tributária aprovada no fim do ano ado — deve ir à votação nesta quarta-feira (10), segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Enviado pelo governo ao Congresso Nacional, o texto que detalha como vai funcionar o novo sistema de cobrança de impostos foi modificado por um grupo de trabalho formado por deputados.
O texto unifica PIS, Cofins e IPI, da União, em um tributo: a Contribuição sobre Bens e Serviços, a CBS. Além disso, substitui o ICMS, cobrado pelos estados, e o ISS, dos municípios, pelo Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS.
Especialista em tributação, o advogado Rodrigo Pinheiro explica que o atual sistema tributário é complexo e que, com as mudanças, a vida das empresas deve ficar mais simples.
TEC./SONORA: Rodrigo Pinheiro, advogado tributarista
"É um avanço, mas ele levará um tempo para ser percebido por conta da coexistência entre o atual regime e o novo regime pelos próximos dez anos, mas, paulatinamente, os efeitos dessa simplificação legislativa vão começar a ser mais sentidos pelas empresas, porque a gente tinha os tributos estaduais e municipais, e cada estado e município com a sua legislação específica. Isso vai acabar. Tende a ter um benefício dessa unificação legislativa decorrente dessa simplificação."
LOC.: O governo estima que, para manter o nível de arrecadação do atual sistema, a alíquota padrão do novo imposto será de 26,5%. Esse será o percentual cobrado sobre os produtos e serviços que não tiverem nenhum tipo de desconto ou isenção.
O deputado Luiz Gastão, do PSD do Ceará, explica que essa alíquota depende da quantidade de itens que vão receber tratamento diferenciado, mas que a ideia é seguir o que foi definido. O parlamentar é um dos membros do grupo da Câmara que discutiu a regulamentação da proposta.
TEC./SONORA: Luiz Gastão, deputado federal
“Todo o texto que foi feito, todo o trabalho que nós fizemos, foi para manter a alíquota e acreditamos que vamos conseguir manter a alíquota nesse patamar.”
LOC.: A Confederação Nacional da Indústria divulgou posicionamento nessa terça-feira defendendo as listas de isenções propostas no projeto de regulamentação da reforma. Segundo a entidade, a lista reduzida de itens isentos permite a manutenção de uma alíquota geral equilibrada.