LOC.: Mesmo com o forte impacto causado pela pandemia de Covid-19, o mercado empresarial brasileiro fechou o ano de 2020 com saldo positivo, aponta o estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgado pelo IBGE. Segundo o levantamento, oitocentas e vinte e seis mil empresas iniciaram as atividades, enquanto seiscentas e trinta e quatro mil fecharam as portas. O saldo final foi de cento e noventa e duas mil empresas.
O setor que mais contribuiu para o balanço positivo foi do comércio: reparação de veículos automotores e motocicletas, seguido pelas atividades profissionais, científicas e técnicas, e, por fim, saúde humana e serviços sociais.
O gerente da pesquisa feita pelo IBGE, Thiego Ferreira, explica que os impactos causados pela pandemia podem não estar todos retratados no levantamento do instituto.
TEC./SONORA: Thiego Ferreira, gerente da pesquisa IBGE.
“Apesar da taxa ter apresentado uma redução em relação a 2019, é possível que todos os efeitos da pandemia ainda não tenham sido completamente refletidos nas estatísticas. O estudo mostra também que as empresas que fecharam tinham maior proporção de mulheres assalariadas, o que pode ter relação com o fato de estarem proporcionalmente mais empregadas em setores mais negativamente afetados pela Covid-19.”
LOC.: Os dados Cadastro Central de Empresas do IBGE, de 2020, apontam que o país tinha quase cinco milhões de empresas ativas que empregavam mais de 39 milhões de pessoas, sendo cerca de 32 milhões como assalariadas e 7 milhões na condição de sócios ou proprietários.
Para o economista e professor da Universidade Mackenzie, Hugo Garbe, os dados da pesquisa do IBGE apontam cenário econômico favorável no Brasil.
TEC./SONORA: Hugo Garbe, economista.
“O saldo de empresas entrantes no mercado é um bom sinal para a retomada da economia brasileira. Com a gradual queda das taxas de juros no Brasil e uma perspectiva melhor do cenário econômico, aliado também à reabertura da economia no Brasil, os empresários estão dispostos a correr mais riscos, abrir empresas e gerar empregos.”
LOC.: No cenário entre os estados brasileiros, Santa Catarina lidera o ranking de sobrevivência das empresas no intervalo de uma década. O Piauí aparece na sequência, seguido por Sergipe.
Com os piores resultados, por outro lado, aparecem o Acre, com a menor taxa de sobrevivência entre todos os estados, juntamente com Amazonas e Amapá.
Reportagem, Thiago Marcolini