LOC.: Há uma semana, manifestantes da direita ocupam as redondezas dos quartéis generais das principais cidades do país. Entoando o hino nacional, vestidos de verde e amarelo e abraços à bandeira nacional, eles pedem, entre outras coisas, uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a segurança das eleições presidenciais do último dia 30 de outubro. Alegam estar nas ruas, muitos acampados em barracas de lona, para evitar que o comunismo se torne o regime político do país e que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tome posse em 2023.
Em Brasília, a região do Quartel General, localizada em área nobre da cidade, a cerca de 8 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, é o endereço onde estão reunidos cerca de 3 mil manifestantes vindos de todas as partes do país, segundo os organizadores. A bancária Naiara Priscila veio de Pitangueira, no interior de São Paulo. Enfrentou 14 horas de estrada, num ônibus, junto com outros 60 conterrâneos.
TEC./SONORA: Naiara Priscila, bancária
“O que motivou a gente a vir para cá é estar lutando em prol do nosso país.”
LOC.: O movimento não tem nome nem liderança definida, mas alguns organizadores,que estão no QG, há uma semana, são porta-vozes dos manifestantes. Como explica Juscelino Fernandes.
TEC./SONORA: Juscelino Fernandes, porta-voz do movimento
“Aqui é um movimento em prol do Brasil. Nós somos contra o comunismo, nós queremos uma eleição justa.”
LOC.: Ainda segundo os manifestantes, haverá outras paralisações nas estradas. Eles garantem que só vão deixar o QG depois que as Forças Armadas se manifestarem sobre a auditoria nas urnas.
O documento deveria ser apresentado nesta segunda. Mas o Ministério da Defesa informou, por meio de nota oficial, que o relatório só será enviado ao TSE nesta quarta-feira (9).
Com a colaboração de Lívia Braz , reportagem, Marquezan Araújo