LOC.: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai analisar uma proposta que prorroga por 4 anos a isenção do tributo chamado Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. O AFRMM é um tributo pago pelas empresas que utilizam os portos brasileiros para o transporte de mercadorias em operações internacionais. A taxa incide sobre o frete, por isso recebe o nome de "adicional". Hoje, as mercadorias que tenham como origem ou destino portos localizados nas regiões Norte e Nordeste são isentas do tributo.
O mestre em transportes pela Universidade de Brasília Emmanuel Monteiro afirma que o volume de carga transportada por cabotagem cresceu 39% entre 2014 e 2023 nessas regiões. Ele acredita que um dos motivos por trás do resultado é essa isenção fiscal.
O especialista afirma que o crescimento da cabotagem no Norte e no Nordeste ocorre em ritmo semelhante ao observado no Sul e no Sudeste. Por isso, ele avalia que não faz sentido acabar com a isenção.
TEC./SONORA: Emmanuel Monteiro, mestre em transportes pela UnB
"Aparentemente, esse projeto de lei parece a nós pesquisadores e estudiosos na área de logística muito razoável. Não há motivos, sob o ponto de vista do fluxo logístico, para que haja uma alteração nesse incremental do fundo da marinha mercante."
LOC.: Relator do projeto de lei na Comissão de Serviços de Infraestrutura, o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, justifica o tratamento especial dado às cargas que am pelo Norte e pelo Nordeste.
TEC./SONORA: senador Eduardo Braga (MDB-AM)
"A importância é em função da competitividade e da logística na região, num momento em que nós vivemos a maior estiagem de todos os tempos na Amazônia, portanto os custos da Amazônia estão todos impactados por mais um extremo climático que está acontecendo na região."
LOC.: O projeto estende o benefício para os portos do Norte e Nordeste até 2031.
Reportagem, Felipe Moura.