LOC: O Brasil está trabalhando em parceria com o Japão para reduzir os impactos causados por deslizamentos de terra, como os ocorridos recentemente na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Uma das atividades é o estudo do movimento de massas, com foco na ocorrência de fluxo de detritos, um tipo de deslizamento com maior poder de destruição. A ação é realizada por meio de um acordo com a Agência de Cooperação Internacional do Japão, a Jica.
Por meio da parceria, a ideia é construir barreiras que bloqueiem a agem do fluxo de detritos ou minimizem os impactos. Também será elaborado um Manual com Diretrizes Técnicas para prevenção desse tipo de desastre.
Durante a tragédia em Petrópolis, especialistas japoneses sobrevoaram a cidade com representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, o MDR.
Segundo Wolney Barreiros, coordenador-geral de Prevenção da Defesa Civil Nacional, o objetivo foi analisar os movimentos de massa que ocorreram na área urbana da cidade.
TEC./SONORA: Wolney Barreiros, coordenador-geral de Prevenção da Defesa Civil Nacional
“A nossa intenção foi fazer um sobrevoo para entender os movimentos de massa que ocorreram aqui no município, principalmente na área urbana. Queda de blocos, escorregamentos, alguns fluxos de detritos. E esse é o tema do nosso projeto de cooperação com o Japão, estudar o movimento de massa com foco no fluxo de detritos com a intenção de tornar as cidades brasileiras mais resilientes nessa questão de desastres socioambientais.O fluxo de detritos no Brasil acontece, tem registro nos anos 60, mas não acontece com muita frequência. No entanto, em função de todos os estudos que são feitos no mundo sobre as mudanças climáticas, a gente tem percebido que a frequência está aumentando e tende a aumentar ainda mais, vai depender do regime de chuvas daqui para frente. Então, estamos nos antecipando."
LOC: Os municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, também na Região Serrana do Rio de Janeiro, vão servir como pilotos para o estudo, com a elaboração do projeto executivo e execução das obras das barreiras.
Para saber mais sobre as ações do Ministério do Desenvolvimento Regional em Proteção e Defesa Civil, e mdr.gov.br.
Reportagem, Manuela Rolim