LOC.: Os testes rápidos de diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde, são capazes de emitir resultado confiável de HIV, sífilis e hepatites virais, em até meia hora. A informação é do Ministério da Saúde. Em todo o país, cerca de 14 milhões de kits de testagem rápida estão disponíveis para a população.
Segundo especialistas em análises clínicas, para a realização do teste rápido de sífilis, por exemplo, uma pequena amostra do paciente, como de sangue ou saliva, é suficiente para o diagnóstico.
Depois de coletado, o material biológico do paciente é colocado em uma placa de testagem e misturado a um reagente que possui substâncias que potencializam a produção dos anticorpos que combatem a bactéria da sífilis. Se o resultado for positivo, vão aparecer dois traços cor de rosa no teste.
A eficiência dos resultados dos testes rápidos é superior a 90%, de acordo com médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn.
TEC SONORA.: Infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn
“Existem vários métodos, desde coleta de saliva a testes com sangue e são misturados a um reagente de soro positivo. O teste tem uma taxa de acerto que vai de 92 a 95%, tendo uma alta sensibilidade.”
LOC.: Apesar do alto índice de assertividade, o teste rápido funciona como um mecanismo de triagem, o paciente com resultado positivo deve realizar testes confirmatórios. De acordo com o Ministério da Saúde, o início dos tratamentos a partir de diagnóstico apenas com os testes rápidos só é iniciado em casos específicos, por exemplo, teste positivo de sífilis em gestantes.
Outra etapa presente no processo dos testes é o aconselhamento. Antes e depois do diagnóstico rápido o profissional de saúde que realiza o exame explica as etapas do tratamento para tranquilizar examinado.
A médica infectologista da Fiocruz Ana Cristina Ferreira explica que esse momento é muito difícil para o paciente porque ainda existe muito preconceito contra quem tem IST, principalmente o HIV. Ela ressalta também que com o tratamento correto, a pessoa infectada pode viver uma vida normal
TEC/SONORA: Ana Cristina Ferreira, Infectologista da Fiocruz
“É um preconceito que a gente tem que combater. Sempre tem um medo, mas a gente hoje em dia tem muitos recursos. Um tratamento para HIV faz com que a evolução mude completamente e a pessoa viva muito bem.
LOC.: Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que, em um ano, em todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de 900 mil pessoas convivem o HIV, no país. Dessas, 135 mil provavelmente não sabem que têm a doença. O mesmo caso se repete em outras ISTs.
A prevenção é a melhor forma de proteção. O uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante, durante todo o ano. Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.