LOC.: A cidade de São Paulo e os municípios da região metropolitana que ainda não tratam adequadamente seus resíduos sólidos terão até o fim deste ano para apresentar um plano de gestão.
A regra está prevista no novo Marco Legal do Saneamento Básico, o PL 4.162 do Poder Executivo, aprovado pela Câmara dos Deputados, no fim de 2019. O PL será item prioritário na pauta do Senado Federal neste semestre e precisará ainda da sanção do presidente da República para que os prazos comecem a valer.
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Em relação à MP 868/18 – medida provisória que tratava sobre o mesmo tema que caducou –, o PL aprovado pela Câmara traz uma novidade: nos casos economicamente inviáveis para fazer aterros sanitários, o texto permite a adoção de outras soluções, contanto que sigam normas técnicas e operacionais para evitar danos à saúde pública e minimizar impactos ambientais.
Segundo o deputado Fausto Pinato, do PP paulista, a incorporação de empresas privadas no processo ajudará a cumprir com essas determinações.
TEC./SONORA: deputado federal Fausto Pinato (PP-SP)
“A empresas públicas não possuem eficiência e capacidade financeira para frente à monstruosa carência no saneamento básico do país. É de suma importância que possamos unir forças porque isso é geração de emprego e saúde.”
LOC.: Aprovado no dia 11 de dezembro pelos deputados federais, o Marco Legal do Saneamento irá modificar a forma como as empresas que prestam serviços ligados ao saneamento nos municípios são contratadas, além de abrir o mercado para a livre concorrência. Empresas públicas e privadas terão que ar por licitação.
Para o deputado federal Enrico Misasi, do PV de SP, que foi coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Básico, na Câmara dos Deputados, é preciso priorizar o tema.
TEC./SONORA: deputado federal Enrico Misasi (PV-SP)
“Não podemos esperar mais um século para que todas as casas brasileiras tenham rede de água e de esgoto.”
LOC.: Cezinha de Madureira, do PSD paulista, pondera que o estado de São Paulo tem recursos, no entanto, ainda existem regiões desassistidas.
TEC./SONORA: deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP)
“Se você andar 200 quilômetros para o ‘fundo’ [interior] do estado de São Paulo, você encontra dificuldades. E é um estado rico. Então, a parceria público-privada vai acrescentar, gerar emprego no país e, também, trazer benefício aos brasileiros.”
LOC.: Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o estado paulista não tem mais lixões. O órgão faz desde 1997 um inventário anual dos aterros existentes e, em 2018, 95,6% dos municípios já estavam tratando seus resíduos de forma adequada, contra 4,4% que ainda precisam adequar ou instalar sistema de impermeabilização, drenagem e coleta de chorume, assim como sistemas de exaustão e queima de gases, e monitoramento de águas subterrâneas.
Reportagem, Camila Costa