LOC.: Permitir que as verbas readas pelo Ministério da Saúde aos estados, municípios e Distrito Federal e vinculadas ao combate à Covid-19 sejam livremente movimentadas para outras ações de saúde pública em 2020 e 2021. Essa é a proposta do Projeto de Lei Complementar 226/2020, que começou a tramitar na Câmara dos Deputados neste mês de setembro. De forma simplificada, o projeto possibilita que esses recursos sejam reorganizados dentro da área da saúde, já que a Constituição exige uma lei específica para autorizar esse tipo de movimentação. Assim, o documento pretende dar as ferramentas necessárias para os gestores estaduais e municipais se prepararem para os efeitos da pós-pandemia causada pela Covid-19, como, por exemplo, consultas e cirurgias que foram adiadas para priorizar os pacientes do coronavírus. É o que explica a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania/SC), que é relatora da comissão externa da Câmara criada exclusivamente para acompanhar as medidas de combate à pandemia.
TEC./SONORA: Carmem Zanotto, deputada federal (Cidadania/SC)
“O SUS se mostrou absolutamente necessário até para aquelas pessoas que divergiam, que diziam que não era importante. O nosso Sistema Único de Saúde está dando respostas e vai dar mais ainda, mas nós precisamos lembrar que ficamos com uma demanda reprimida. Estamos com várias demandas na área da saúde que os pacientes não tiveram o. O que nós precisamos fazer: acompanhar o orçamento e lutar para garantir os recursos necessários para que em 2021 possamos atender o que já estava na fila.”
LOC.: Segundo o secretário geral do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde Municipais (Conasems), Mauro Junqueira, essa ação pode ajudar os gestores estaduais e municipais, uma vez que a saúde da população brasileira é uma obrigação constitucional que deve ser repartida entre todas as esferas de governo.
TEC./SONORA: Mauro Junqueira, secretário geral do Conasems
“O governo federal pactua ações e serviços públicos de saúde, que estão previstos no Plano Nacional de Saúde e nos planos estaduais e municipais de saúde, para que as ações sejam realizadas na ponta. Aí sim serão executadas pelos entes subnacionais, no caso, os municípios.”
LOC.: Agora o projeto vai ar pelo Plenário da Casa, depois segue para avaliação no Senado antes de voltar para a Câmara para uma decisão final e, por fim, seguir para sanção da presidência da República.