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Foto: Agência Brasil
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Pará fecha 2020 com saldo positivo na balança comercial brasileira

Mesmo com crise econômica agravada pela pandemia, estado paraense exportou mais de US$ 20,5 bilhões no ano ado


As indústrias paraenses exportaram mais de US$ 20,5 bilhões em 2020, o equivalente a R$ 108 bi. Com essa marca, o estado fechou o ano com um saldo positivo de mais US$ 19,3 bi no mercado internacional, mantendo-se em primeiro lugar no ranking nacional em relação ao saldo, à frente de estados tradicionais no setor como Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Em valor exportado, o Pará ficou em quarto lugar como o maior exportador do País, com variação positiva de 15,11%. As informações são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do estado do Pará (CIN/FIEPA). 

De acordo com os dados, a mineração foi a principal responsável pelo bom desempenho da balança comercial no ano ado, com um total de US$ 18,5 bi em produtos exportados, tendo como destaque o minério de ferro bruto. Outros setores que contribuíram com o resultado foram o agronegócio e a pecuária, sendo representados pela soja e pela carne, respectivamente. 

“Esse ano, com a chegada da vacina, acreditamos que o processo, ainda mais da questão exportadora do estado do Pará, se normalize e ganhe fôlego por meio de novos contratos, e com a chegada de novos compradores internacionais”, projeta a coordenadora do CIN/FIEPA, Cassandra Lobato. 

Ela acredita que a indústria paraense vem se diversificando ao longo do tempo, o que contribui para esse cenário positivo. Outros fatores que reforçam esse bom desempenho são a logística, com expectativa de melhora, e as reformas propostas pelo governo federal. “Se as reformas forem votadas, especialmente a tributária, vai ajudar não só o estado do Pará, mas todo o País. O custo da tributação ainda é muito pesado para nossas indústrias e isso faz com que muitas não cresçam, não tenham realmente um processo de desenvolvimento industrial.” 

Entre os produtos considerados não tradicionais, a soja foi o que mais exportou no estado no ano ado. O volume total foi de US$ 759,4 milhões, registrando um aumento de 43,40% em comparação a 2019. Ainda nesse grupo, de acordo com os dados do Ministério da Economia, as carnes bovinas tiveram um crescimento de quase de 58%, tendo a China como principal destino. 

Segundo dados do Sindicato da Carne e Derivados do Estado do Pará (Sindicarne), o Pará ou a ter o ao mercado chinês somente em 2019. Em 2020, o estado produziu cerca de um milhão de toneladas/ano de carne bovina e bubalina e exportou apenas cerca de 10% desse total. 

“O estado ainda importa pouco. De fato, se ele tem uma exportação forte de minérios e de agronegócios, em contrapartida importa pouco. Isso gera um superávit muito importante para a balança comercial”, avalia o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), César Bergo. 

Em relação ao crescimento industrial, o economista destaca a localização estratégica do Pará. “A Vale está em Paraopeba, que é um grande centro da mineração, talvez seja o maior hoje. Isso faz com que a produção possa ser escoada de forma rápida e segura”, afirma Bergo.

Em 2020, a Ásia se manteve como o bloco econômico que mais comprou do estado do Pará. Segundo a FIEPA, quase 74% de tudo o que se exporta no estado tem como destino o continente asiático, mais especificamente a China. Os principais produtos adquiridos em 2020 foram o minério de ferro e seus concentrados, soja e carne bovina. No ano ado, ao todo, a Ásia (excluindo o Oriente Médio) importou pouco mais de US$ 15 bilhões do Pará.

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LOC: As indústrias paraenses exportaram mais de US$ 20,5 bilhões em 2020, o equivalente a R$ 108 bi. Com essa marca, o estado fechou o ano com um saldo positivo de mais US$ 19 bilhões no mercado internacional, mantendo-se em primeiro lugar no ranking nacional em relação ao saldo, à frente dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

As informações são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do estado do Pará (CIN/FIEPA). A coordenadora do Centro Internacional, Cassandra Lobato, avalia os resultados e faz uma projeção para os próximos meses. 
 

TEC./SONORA: Cassandra Lobato, coordenadora CIN/FIEPA
“Esse ano, com a chegada da vacina, acreditamos que o processo, ainda mais da questão exportadora do estado do Pará, se normalize e ganhe fôlego. Se as reformas forem votadas, especialmente a tributária, vai ajudar não só o estado do Pará, mas todo o País. O custo da tributação ainda é muito pesado para nossas indústrias e isso faz com que muitas não cresçam, não tenham realmente um processo de desenvolvimento industrial.”
 


LOC.: De acordo com os dados divulgados, a mineração foi a principal responsável pelo bom desempenho da balança comercial no ano ado, com um total de US$ 18,5 bi em produtos exportados. O destaque foi para o minério de ferro bruto. Outros setores que contribuíram com o resultado foram o agronegócio e a pecuária, sendo representados pela soja e pela carne, respectivamente. 

A China foi o país que mais importou produtos paraenses. De acordo com o Sindicato da Carne e Derivados do Estado do Pará (Sindicarne), o estado ou a ter o ao mercado chinês somente em 2019. Em 2020, o estado produziu cerca de um milhão de toneladas ao ano de carne bovina e bubalina e exportou apenas cerca de 10% desse total. Quem comenta esse número é o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), César Bergo. 

TEC./SONORA: César Bergo, economista
“O estado ainda importa pouco. De fato, se ele tem uma exportação forte de minérios e de agronegócios, em contrapartida importa pouco. Isso gera um superávit muito importante para a balança comercial.” 
 


LOC.: Em 2020, a Ásia se manteve como o bloco econômico que mais comprou do estado do Pará. Quase 74% de tudo o que se exporta no estado tem como destino o continente asiático, mais especificamente a China. No ano ado, ao todo, a Ásia, com exceção do Oriente Médio, importou pouco mais de US$ 15 bilhões do Pará.

Reportagem, Jalila Arabi.