LOC.: O estado da Paraíba já ou dos 120 mil doentes com Covid-19 em casos registrados nos 223 municípios. Um estudo do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) apontou, há quase um mês, que a ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na Grande João Pessoa, no Sertão e em toda a Paraíba se mantém alta.
Segundo o pesquisador e coordenador do Labimec, Cássio de Nobrega Besarria, o laboratório faz um acompanhamento da Covid-19 no estado desde o final de março, juntando informações que geram indicadores como qualidade dos serviços, mobilidade urbana e um deles é justamente a ocupação de leitos de UTI.
TEC./SONORA: Cássio de Nobrega Besarria, pesquisador e coordenador do Labimec.
“O impacto disso para os municípios é que muitos deles já encerraram aqueles serviços emergenciais. O hospital de atendimento à Covid-19, daqui de Santa Rita, por exemplo, já foi desativado. Fica a preocupação justamente de se ter uma possível segunda onda e que isso venha impactar mais uma vez a ocupação de leitos.”
LOC.: Apesar dos dados apresentados pelo Labimec, a secretaria de Saúde da Paraíba informou que desde o início de novembro já havia percebido um aumento crescente no número de casos de pessoas infectadas pela Covid-19.
Desta forma, as primeiras ações estratégicas foram em relação aos leitos hospitalares de UTI e de enfermaria, para que todos os doentes possam receber os melhores cuidados. É o que explica a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (COSEMS-PB), Soraya Galdino.
TEC./SONORA: Soraya Galdino, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (COSEMS-PB).
“Atualmente nós estamos com 49% de leitos de UTI ocupados e 29% de leitos de enfermaria ocupados por todo o estado. Isso é algo que precisa ser monitorado e acompanhado, mas não é preocupante no momento. Também se percebe que apesar de ter havido um número maior de pessoas infectadas, proporcionalmente, existe um número menor de pessoas precisando de internação.”
LOC.: De acordo com Soraya Galdino, se forem comparados os números de doentes da primeira onda da pandemia, em abril e maio, para o final de outubro e começo de novembro, é possível perceber que tivemos um número maior de infectados, mas com um número menor de pessoas que precisam de cuidados especiais como a internação e, destes, a maioria está recebendo os cuidados na própria rede básica de saúde dos municípios.