LOC.: A criação de empregos formais na cadeia produtiva da saúde segue em destaque em todo o Brasil. Dados do "Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde", divulgado mensalmente Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), aponta que as contratações saltaram de 436,3 mil pessoas em abril para 458,7 mil em julho de 2020. O crescimento foi de 5,1%.
O superintendente do IESS, José Cechin, explica que os dados são referentes a 264 municípios analisados pela pesquisa. Essas localidades respondem por 53% dos habitantes do País. Segundo Cechin, como os municípios são os entes federados mais próximos à população, houve essa necessidade de investimento, principalmente por causa da pandemia.
TEC./SONOTA: José Cechin, superintendente do IESS
“No meio dessa pandemia, com muita gente ficando doente ao mesmo tempo, de uma mesma causa, síndrome respiratória aguda grave, os municípios tiveram que intensificar a prestação dos serviços. Precisavam construir hospitais de campanha, abrir leitos, contratar profissionais, treinar profissionais para atuar. Isso porque o uso de um respirador artificial, por exemplo, exige uma certa técnica.”
LOC.: Em relação à saúde pública, a região Sudeste possui 196,5 mil dos empregos municipais, o que representa 43% do total. A região Norte do país, por sua vez, conta com o menor número de postos na área, com 34,8 mil, ou seja 8% do total.
O consultor na área de saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Denilson Magalhães, destaca que, o número de profissionais de saúde que atuam no SUS, chega mais de 3 milhões, distribuídos nas esferas federal, estadual e municipal, além da iniciativa privada. Desse total, segundo ele, mais de 1,5 milhão estão vinculados à istração pública municipal, ou seja, 49%.
TEC./SONORA: Denilson Magalhães, consultor na área de saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM)
“Os municípios têm uma grande participação na estruturação e organização dos serviços, e são responsáveis pela maior parte das contratações de profissionais de saúde que atendem no sistema público de saúde.”
LOC.: No mês de julho, as cinco regiões do país registraram saldo positivo nas contratações. Os dois melhores resultados foram do Sudeste, com 34.157; e Nordeste, com 22.664. Essas duas regiões não apresentavam issões líquidas desde fevereiro.
No geral, o resultado positivo se deve ao fato de os estados terem apresentado bons números em relação à empregabilidade. As únicas exceções foram Rio de Janeiro, que teve saldo negativo de 6.658; Sergipe, com uma queda de 804; e Amapá, que teve recuo de 142.
Reportagem, Marquezan Araújo