LOC.: A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e de testes entre os profissionais que atuam na linha de frente da pandemia é uma realidade encontrada na maior parte do país. Lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana obriga empregadores a fornecer EPIs a 28 categorias profissionais, como enfermeiros, médicos, assistentes sociais, agentes de segurança, coveiros, entre outras.
O texto também prevê que os profissionais que estiverem em contato direto com portadores ou pessoas com suspeita do novo coronavírus terão prioridade para fazer testes de diagnóstico da doença. As obrigações estabelecidas na lei valem para entidades públicas e privadas.
O autor da proposta na Câmara, o deputado federal, Zacharias Calil (DEM-GO), afirma que muitos empresários são contrários à distribuição obrigatória de EPIS. Segundo ele, a lei pode trazer uma maior segurança jurídica aos trabalhadores expostos à Covid-19.
“Eu acho que vai funcionar. Já recebi algumas ligações de donos de clínicas e de hospitais que afirmaram que a obrigatoriedade [de distribuição de EPIs] vai ser muito complicado. A nossa intenção é proteger o trabalhador.”
LOC.: Um terço dos profissionais de saúde de todo o país ouvidos pela Associação Médica Paulista afirmaram que faltam máscaras de proteção no local de trabalho; 22,7% disseram que faltam aventais e 8,3% alegaram não haver álcool em gel em quantidade suficiente.
Até 4 de julho deste ano, de acordo com a pasta, as categorias profissionais com a maior quantidade de pessoas com Síndrome Gripal Aguda (SRAG) ocasionada pelo novo coronavírus são: técnicos ou auxiliares de enfermagem (59.635), enfermeiros (25.718) e médicos (19.037).
O técnico de enfermagem, Jeferson Machado, 34 anos, morador de Goiânia foi diagnosticado com Covid-19. O profissional afirma que os hospitais em que trabalha oferecem EPIs e testes aos profissionais, no entanto ele alega que a sua realidade é bem diferente da constatada em boa parte da categoria, principalmente em relação à testagem.
“Eu tenho plano de saúde, mas os profissionais têm muita dificuldade de arcar com o exame. Vários apresentaram suspeitas com confirmações e não tiveram condições de fazer o teste.”