LOC.: Estudo divulgado pelo Ministério da Economia constatou que o Auxílio emergencial compõe mais de 93% da renda dos domicílios mais pobres do país, onde a renda familiar por pessoa, sem o benefício, é de apenas R$ 11 mensais.
O estudo concluiu que “em termos de renda absoluta, o auxílio emergencial elevou as famílias mais pobres a padrões que superam os limiares de extrema pobreza e pobreza no Brasil”. Ao todo, de acordo com a pasta, o benefício melhorou o padrão de vida em mais de 23 milhões de casas.
Para Erik Figueiredo, subsecretário de Política Fiscal do Ministério da Economia, o auxílio emergencial tem conseguido atender aos brasileiros mais atingidos pela pandemia.
“Contemplamos os informais, os mais pobres, os empregadores informais, o benefício atendeu os objetivos, porque ele consegue chegar a quem mais precisa.”
LOC.: Desempregada antes mesmo do início da pandemia, Mércia Sales, moradora do município pernambucano de Afogados da Ingazeira, sustenta a casa com R$ 1,2 mil, valor do Auxílio Emergencial pago a mães chefes de família. O marido precisou encerrar as atividades do salão de beleza que possui por três meses, devido ao decreto do governo do Estado de Pernambuco, que determinou o fechamento do comércio.
“A sorte é que temos casa própria, porque senão, além dos gastos domésticos teríamos que pagar aluguel. Ficaria muito difícil. São R$ 1,2 mil para todas as despesas.”
LOC.: Segundo a Caixa, as regiões Norte e Nordeste concentram 46,6% dos pagamentos do auxílio emergencial, totalizando R$ 35,7 bilhões liberados. Entre os estados, São Paulo aparece em primeiro em relação ao total empenhado com cerca R$ 13,2 bilhões; seguido pela Bahia (R$ 7,21 bilhões) e Minas Gerais (R$ 6,8 bilhões).
O Governo Federal afirma que o benefício já alcançou mais da metade da população brasileira. O orçamento previsto na concessão das cinco parcelas do auxílio emergencial é de R$ 200 bilhões. Entre as pessoas que têm direito ao benefício de R$ 600, estão: trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, microempreendedores individuais, desempregados e contribuintes individuais da Previdência. Mães chefes de família (inclusive menores de idade) recebem o auxílio em dobro. A Caixa encerrou as solicitações do benefício em 2 de julho.
Reportagem, Paulo Oliveira