LOC.: Os Consórcios Públicos têm ganhado cada dia mais força nos debates a respeito de questões metropolitanas com cuidados e manutenção da vida social, a partir de uma reorganização em conjunto com outros entes federativos. Na prática isso quer dizer que dois municípios podem compartilhar benefícios em comum e trocar experiências sobre como combater um problema semelhante, por meio de um modelo de governança das políticas de desenvolvimento regional.
De acordo com dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), atualmente o Brasil possui 488 consórcios em vigência, sendo a maior parte na região Sudeste (211) e Sul (150), bem à frente do Nordeste (67), Centro-Oeste (50) e Norte (10).
Para Edgard Brandão, que é secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC - na região metropolitana de São Paulo e uma das entidades mais antigas do País neste segmento, a forma dos municípios conquistarem uma evolução mais rápida, com gestão mais efetiva dos recursos públicos é algo que está voltado à ações que am dos limites de território, se tornando ações mais sociais entre a população de cidades diferentes.
TEC./SONORA: Edgard Brandão Junior, secretário Executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
“Os municípios têm a participação direta dos prefeitos. Eles ream o recurso, que é um percentual na receita líquida para o Consórcio e é até mesmo uma social. Como por exemplo uma cidade de grande porte, como São Bernardo do Campo com uma receita alta, e município de pequeno porte, como Rio Grande da Serra com menos de 50 mil habitantes. É social porque todos os projetos são desenvolvidos de uma única forma, com decisões democráticas e os grupos de trabalho atuam em qualquer segmento.”
LOC.: A ideia de que arranjos entre municípios possam ser formas de melhorar e qualificar a infraestrutura das cidades e tornar serviços públicos mais eficientes foi defendida por um estudo recente do Governo Federal, que tem como um dos parceiros a Confederação Nacional de Municípios (CNM). É o que acredita a explica a consultora de Consórcios da CNM, Joanni Henrichs.
TEC./SONORA: Joanni Henrichs, consultora de Consórcios da CNM.
“A cooperação entre entes federativos é uma marca destacada na Constituição Federal e a CNM entende como sendo muito importante essa cooperação. Especialmente entre os municípios que podem conjugar questões que são comuns, tanto quanto nos potenciais a serem desenvolvidos, como nos problemas enfrentados. A cooperação ajuda a vencer alguns entraves em questões de recursos financeiros, equipe técnica e infraestrutura.”
LOC.: Mesmo que não seja papel exclusivo dos Consórcios Públicos, a atuação conjunta pode ter impactos positivos em áreas estratégicas para a população como Infraestrutura; Segurança Pública; Saúde; Assistência, Inclusão Social e Direitos Humanos; Educação, Cultura e Esportes; Desenvolvimento Econômico Regional; Desenvolvimento Urbano e Gestão Ambiental; Institucional.