LOC.: Se o Brasil elevasse a participação no comércio mundial de produtos industrializados, dos atuais 0,6% para 0,8%, haveria um impacto de R$ 376 bilhões na economia do país. É o que apontam dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A projeção aponta que o resultado representaria um salto de US$ 21 bilhões por ano nas exportações brasileiras.
De acordo com o levantamento, o Brasil expandiu a participação no comércio mundial de 0,9% para 1,2% das exportações mundiais nos últimos anos. No entanto, houve um recuo na fatia nas exportações de produtos industrializados, principalmente desde 2008.
Na avaliação do presidente do grupo FARMABRASIL, Reginaldo Arcuri, o Brasil precisa adotar estratégias que ajudem a superar os resultados negativos dessa cadeia. Segundo ele, é necessário que governo e iniciativa privada elaborem planos conjuntos em busca de melhores quadros em relação ao mercado internacional.
TEC./SONORA: Reginaldo Arcuri, presidente do grupo FARMABRASIL
“Se nós olharmos para os dados deste ano, vamos ver que o fenômeno não é episódico e a posição do Brasil não melhora. Ao contrário, piora, seja nas exportações ou nas importações. Portanto, temos que ter ao lado dos avanços nas negociações comerciais, na evolução dos mecanismos de defesa. Nós temos que ter também um enfrentamento conjunto entre setor privado e governo para resolver essas questões do Custo Brasil.”
LOC.: A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus foi responsável pela queda de 20% das exportações de produtos manufaturados brasileiros, entre janeiro e setembro de 2020. O recuo é em relação ao mesmo período de 2019. Os dados, que também foram compilados pela CNI, mostram que houve diminuição de 13% nas importações de industrializados, e queda de 8% nas exportações totais.
Reportagem, Marquezan Araújo