LOC.: Assim como acontece em todos os meses do ano, março chama atenção para uma doença que atinge várias mulheres, a endometriose. Segundo uma pesquisa realizada pela Anvisa, o distúrbio pode atingir até 10% da população feminina do Brasil.
A endometriose é causada pelo acúmulo, em outras partes do corpo, de células que estão localizadas na parte interna do útero, chamado de endométrio, que são eliminadas durante a menstruação. Geralmente, esse acúmulo acontece em regiões como ovários, bexiga e intestino.
Segundo o médico ginecologista Marcos Travessa, não se sabe as causas da doença, existem diversas hipóteses e que uma cólica forte pode ser um dos sintomas que ajudam na identificação da endometriose.
TEC./SONORA: Marcos Travessa, médico
“Dentre os sintomas mais frequentes, aquele que faz a gente acionar o sistema de alerta, está a cólica menstrual de forte intensidade. Ou seja, não é normal. É aquela cólica menstrual que a mulher fica incapacitada em uma cama, que vai a escola e precisa ir na enfermaria, que precisa faltar a faculdade e o trabalho.”
LOC.: A terapeuta especialista em fitoterapia e ginecologia natural Ariane Steffen, de 47 anos, sofre com esses sintomas. A moradora de Barueri, São Paulo, disse que a princípio era assintomática mas, ela se deparou com a dificuldade para engravidar. Ariane tentou por quase três anos ter uma criança e após ar por uma cesária, começou a conviver com as dores.
TEC./SONORA: Ariane Steffen, terapeuta especialista em fitoterapia e ginecologia natural
“A alteração na dieta e o consumo de água foram as principais [mudanças]. Porque, até então, o intestino não funcionava bem e quando ia aos médicos, ninguém me perguntava se eu tomava água. Quando ei a mudar meus hábitos, comecei a perceber essas melhoras e as dores diminuíram."
LOC: Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde oferece dois tipos de tratamento, o clínico, que neutraliza o estímulo hormonal, proporcionando uma melhora no sistema da doença, além do uso de remédios para dor. E o cirúrgico, que é indicado para os casos mais graves e que não tenham tido melhora com os medicamentos hormonais.
Reportagem, Rafaela Soares.