LOC.: A PEC 110/2019, que trata da reforma tributária, volta à pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a CCJ, do Senado, nesta terça-feira (31). A última reunião da CCJ para analisar a proposta ocorreu há mais de dois meses, no dia 16 de março, mas acabou sem que o projeto fosse votado.
A proposta cria um Imposto sobre Valor Agregado, o IVA, Dual. Um IVA da União, que unifica os impostos federais IPI, Cofins, Cofins-Importação, PIS e Cide-Combustíveis, chamado de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e um IVA para os entes subnacionais (estados e municípios), que junta ICMS e ISS, formando o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Nesta segunda-feira (30), após reunião com secretários estaduais de Fazenda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que, se aprovada na CCJ, a PEC será analisada com calma antes de ir a Plenário. Ele defendeu que a reforma traz benefícios para o país e que os parlamentares vão debater as divergências expressas por setores e entes da federação.
TEC.SONORA: Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
“Quando se fala na unificação tributária, na unificação de impostos federais e subnacionais, com critérios que desburocratizam, que simplificam, que tornam mais clara a regra tributária no país, evidentemente que essa é uma lógica muito boa e que as eventuais distorções para um setor A ou B, município em relação aos estados, para os estados em relação à União, são discussões que devem ser dirimidas na apreciação do texto”.
LOC.: O relator da PEC, senador Roberto Rocha (PTB-MA), argumenta a favor da aprovação da reforma.
TEC.SONORA: Roberto Rocha (PTB-MA), senador
“Nós temos inúmeros impostos federais e estaduais nessa que é a base de consumo, a principal do Brasil, onde tem mais da metade da arrecadação tributária e onde tem a maioria da população brasileira, sobretudo os mais pobres, que, no Brasil, infelizmente, terminam pagando proporcionalmente mais do que os que têm mais recursos.
LOC.: Até o momento, o relatório do senador Roberto Rocha recebeu 253 sugestões de emendas, das quais 68 ele acatou parcial ou totalmente. Se aprovada na CCJ, a reforma tributária seguirá para análise no Plenário. O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já afirmou que se compromete a pautar a análise e votação da PEC por todos os senadores tão logo ela seja aprovada na CCJ.
Reportagem, Felipe Moura.