LOC.: A prorrogação dos incentivos às empresas instaladas nas áreas de atuação das Superintendências do Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene, e da Amazônia, a Sudam, é fundamental, na opinião do advogado tributarista Jorge Lucas de Oliveira. O especialista explica que os benefícios causaram uma espécie de efeito cascata, com a promoção de investimentos e geração de emprego. Ele defende que a retirada pode ter consequências.
TEC./SONORA: Jorge Lucas de Oliveira, advogado tributarista
"A consequência natural é uma menor atração de empresas para se instalarem nessas áreas, o que irá impactar diretamente na redução de geração de emprego. Além disso, a medida importará em um óbvio aumento da carga tributária das empresas que já estão ali instaladas, o que poderá implicar na diminuição dos investimentos e até mesmo na saída dessas empresas daquele local.”
LOC.: Esses incentivos fiscais se encerram em 31 de dezembro de 2023. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prorroga o benefício até 2028. O deputado Júlio Cesar, do PSD do Piauí, é o autor da proposta. Segundo ele, a estimativa é que, para cada R$ 1 em renúncia fiscal, foram investidos R$ 7,92 na região, no período de 2013 a 2021.
TEC./SONORA: deputado Júlio Cesar (PSD-PI)
"É um projeto importante. Porque a concessão desses benefícios, que é uma opção que as empresas têm, de ao invés de pagar 100% do imposto de renda, as pessoas jurídicas, paga apenas 25%. E ele investe 75% em empreendimentos no Nordeste e no Norte. E ficaram apenas esses incentivos que termina a vigência em 31 de dezembro. Esse nosso projeto prevê a prorrogação por mais cinco anos desses incentivos para região Norte e Nordeste."
LOC.: O projeto de lei aguarda parecer do relator, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem, Fernando Alves