LOC: O Fundo das Nações Unidas para a Infância, o UNICEF, faz um importante alerta para todas as famílias gaúchas: garantir o bem-estar e a saúde das crianças e adolescentes é uma prioridade. Neste período de pós-enchentes e retorno às casas, é preciso manter cuidados com a água potável e a alimentação dos jovens, reforça o fundo.
O cuidado com qualidade da água que chega aos imóveis é garantido pelo Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) do estado, por meio de análises constantes e monitoramento diário. Quem explica como isso é feito é o engenheiro químico do Vigiágua, André Jarenkow.
TEC/SONORA: André Jarenkow, engenheiro químico do Vigiágua
“É uma análise microbiológica que vai verificar se aquela água entrou em contato com fezes — que a gente verifica a contaminação com escherichia coli — a gente faz análise de turbidez para ver quão suja está aquela água, além de análises de cloro e flúor.”
LOC.: As famílias devem estar atentas, especialmente, às condições de higiene para proteger as crianças e adolescentes. Após as enchentes, o retorno às residências traz riscos como infecções e doenças transmitidas pelo contato com animais, solo, lama e água contaminada, como a dengue e a leptospirose.
Transmitida pela urina de animais infectados, a leptospirose é uma das doenças que pode surgir neste período. . Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor pelo corpo e vômitos. Até o dia 18 de julho, foram confirmados 675 casos da doença no Rio Grande do Sul, com 26 mortes. A principal forma de se prevenir da doença é cobrir cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água, evitar andar descalço, usar luvas e sapatos impermeáveis, evitar nadar, tomar banho ou ingerir água que possa estar contaminada com água de enchente.
Outra preocupação são doenças como influenza, covid-19, doenças de pele e doenças relacionadas ao trato da água — como diarreias. Agravos como a hepatite A, que pode ser transmitida via oral/fecal, também exigem atenção neste momento.
Mas o oficial de água e saneamento do UNICEF, Rodrigo Resende, chama atenção para o mais importante e básico dos cuidados: a higiene de mãos
TEC/SONORA: Rodrigo Resende, oficial de água e saneamento do UNICEF
“A prática regular da lavagem de mãos com água e sabão é considerada um dos procedimentos mais eficazes, baratos e importantes para a prevenção de doenças infecto-contagiosas. Sendo assim uma medida fundamental para a promoção da saúde pública. Nesse sentido, recomenda-se a frequente e higienização das mãos considerando momentos chave, por exemplo: antes de comer, antes de preparar alimentos, antes de alimentar ou amamentar uma criança, após o uso do banheiro, após brincar com animais ou sempre que as mãos estiverem aparentemente sujas”
LOC.: Procurar atendimento de maneira precoce, identificar o que é, se há algo que precise ser feito para aquela pessoa, quanto adotar as medidas necessárias de proteção para a comunidade também são atitudes importantes para evitar a proliferação de doenças.
Reportagem, Lívia Braz