LOC.: A obesidade é uma doença que não tem cura, mas tem controle. Segundo o doutor em endocrinologia clínica Flavio Cadegiani, ela está associada ao aumento de risco de mais de 200 doenças, incluindo mais de 15 tipos de câncer. Além disso, o médico lembra que existe o estigma social causado pela obesofobia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade. Na opinião do especialista, o excesso calórico advém muitas vezes de um consumo desenfreado de comidas, que é do desejo alimentar.
TEC./SONORA: Flávio Cadegini, endocrinologista
“É é uma questão química,não é uma escolha racional. A pessoa não escolhe racionalmente ficar obesa. Então, os pontos de atenção são a questão do comportamento, que inclusive vem a questão do tratamento”,
LOC.: Quem já teve que enfrentar a doença diz que não é fácil. A publicitária Stefany Liberal, de 30 anos, conta que já ou por momentos de não querer sair mais de casa por causa de sua aparência. Para recuperar sua autoestima, ela recorreu a cirurgia bariatrica — procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave.
TEC./SONORA: Stefany Liberal, publicitária
“Obesidade é algo muito difícil. Tem gente que acha que a obesidade é algo que essa pessoa come, só isso? Não, às vezes pode ser uma doença, pode ser algo que vem para complementar, que é muito difícil. Então, obesidade não é fácil. E a cirurgia bariátrica em si também é algo muito difícil. Tem gente que acha que fazer a cirurgia bariátrica é algo fácil, mas não é. É muito difícil porque tem várias consequências”
LOC.: A nutricionista Camila Pedrosa lembra que, se a pessoa parar de fazer o acompanhamento, de cuidar da alimentação, ela tende a voltar o ganho de peso, mesmo que ela tenha feito cirurgia bariátrica. A OMS instituiu o 4 de Março como o Dia Mundial da Obesidade com a intenção de disseminar conhecimentos sobre a doença. A data também é uma maneira de combater o estigma social a respeito do problema.
Reportagem, Lívia Azevedo