Uma pesquisa recente feita pelo instituto Insper mostra que apenas 40% dos alunos que entraram num ensino técnico conseguem se formar. Os motivos para a evasão são muitos, que vão desde a necessidade de trabalhar até frustrações do aluno com relação ao curso ou à instituição que frequenta.
Uma nova metodologia usada pelo na Educação de Jovens e Adultos, a EJA, tem apresentado bons resultados em relação à formação dos estudantes. O gerente de Educação Básica do Sesi Nacional, Leonardo Lapa, explica que o currículo é organizado por competências e habilidades importantes para o estudante e para o mundo do trabalho.
TEC./SONORA: Leonardo Lapa, gerente de Educação Básica do Sesi Nacional
“Então, a nossa grande meta, ao pensar uma nova EJA que olhasse para o aluno, para a individualidade dele e que reconhecesse os saberes dele, era fazer a mudança nessa realidade. E, depois de termos implementado o programa em mais de 25 estados, depois de mais de 200 mil estudantes terem ado por essa metodologia, nós temos uma taxa de conclusão de 72% a 82%”
LOC.: Também na contramão dos altos números de evasão, estão os Institutos Federais, que segundo um levantamento do Tribunal de Contas da União, no ensino médio integrado — que reúne o ensino médio regular e o profissionalizante — a taxa de evasão varia entre 4,5% e 5%. O que é menos da metade da evasão do ensino médio regular, que chega a 11%.
Para a professora Andrea e Silva, que é coordenadora geral de ensino do Instituto Federal de Brasília, a forma como o ensino é oferecido ao aluno influencia diretamente nesses números.
TEC/SONORA: Andrea e Silva, coordenadora geral de ensino do Instituto Federal de Brasília
“Na formação do ser humano, das oportunidades de fazer ciência, extensão, de um ensino de muita qualidade, preocupado com o lado social, das relações humanos, então quando esse estudante sai apto para o mercado de trabalho, ele sai com toda essa bagagem.”
LOC.: O deputado federal Henderson Pinto, do MDB do Pará, acredita que uma das políticas prioritárias do Brasil precisa ser a geração de emprego e renda, principalmente para a juventude.
TEC/SONORA: deputado federal Henderson Pinto (MDB-PA)
“Ele já prepara esse aluno para o mercado de trabalho, com isso a gente tem uma possibilidade real que essa pessoa não somente fique no ensino profissionalizante, mas ele possa dar entrada no mercado de trabalho para ajudar o Brasil a melhorar seus índices de emprego e renda e também ter a possibilidade de fazer um curso superior.”
LOC: Segundo o parlamentar, o ensino técnico é mais uma oportunidade de ingressar no mundo do trabalho e um pontapé inicial para a profissionalização.
Reportagem, Lívia Braz