LOC.: Após o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadir três áreas produtivas da empresa Suzano no extremo sul da Bahia, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar informou que a pasta criou uma mesa de negociação entre a companhia e o MST.
Segundo o ministro da pasta, Paulo Teixeira, a companhia e representantes do MST vão retomar o diálogo que foi interrompido em 2016.
TEC./SONORA: Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
"Esse diálogo ele aconteceu até o ano de 2016 e ali foi interrompido. Hoje ele foi retomado. Foi retomado e nós teremos uma mesa de negociação. Essa mesa de negociação terá sua primeira reunião até 16 de março".
LOC.: Até a data da primeira reunião da mesa, segundo o ministro Paulo Teixeira, as partes vão estudar os termos do acordo firmado entre empresa e movimento social. Ele também afirmou que o MST, a Suzano e governo federal vão trabalhar juntos para o cumprimento do acordo.
TEC./SONORA: Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
“Nós queremos paz no campo, todos os atores aqui querem paz no campo. Queremos uma relação de diálogo para a solução dos eventuais conflitos. O respeito ao direito de propriedade será uma tônica desses atores aqui. A Suzano reconhece as obrigações assumidas naqueles acordos e agora vai discutir os modos e os meios de execução juntamente com o Governo Federal”.
LOC.: Em nota, a Suzano afirma que cumpriu sua parte no acordo firmado em 2011, destinando 12 imóveis rurais aptos de aquisição pelo Incra e assentamento de famílias. A companhia disse ainda que o Incra concluiu a aquisição de apenas duas das propriedades rurais. E que não aceitará o desrespeito à Constituição, à propriedade privada e ao Estado de Direito.
Reportagem, Evelin Mendes