LOC.: Nos últimos dez anos, Minas Gerais registrou mais de 14 mil casos de hanseníase, doença infecciosa que atinge a pele e os nervos periféricos. O Norte de Minas apresentou o maior número, com cerca de 2.500 casos, seguido pela região Centro, com 1.991 casos, e a região Triângulo do Norte, com 1.930 casos. Essas áreas apresentam juntas 43,4% das notificações. Os dados são do Epidemiológico da Hanseníase, divulgado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
O infectologista Manuel Renato Palacios explica que a hanseníase, antes conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae.
TEC./SONORA: Manuel Renato Retamozo Palacios, infectologista do hospital Anchieta de Brasília
“A hanseníase é conhecida por causar lesões na pele e danos nos nervos, o que pode levar os sintomas como dormência, formigamento e perda de sensibilidade nas áreas afetadas.”
LOC.: De acordo com o infectologista, caso a doença não seja tratada, ela pode evoluir para um caso mais avançado, atingindo outros órgãos do corpo.
Ele também informa que o tratamento eficaz para a hanseníase é baseado no uso de antibióticos específicos, e pode durar de seis meses a um ano, podendo ser prorrogado.
TEC./SONORA: Manuel Renato Retamozo Palacios, infectologista do hospital Anchieta de Brasília
“O tratamento não apenas cura a infecção, mas também previne a progressão da doença e a transmissão para outras pessoas. É importante que o paciente siga rigorosamente o tratamento prescrito para poder garantir uma cura completa.”
LOC.: Além disso, Palacios explica que os casos hanseníase devem ser reportados às autoridades da vigilância epidemiológica para monitoramento e controle.
O governo de Minas Gerais também alerta a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da hanseníase. Ambos os serviços estão íveis pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, em todo o estado.
A Casa de Saúde Padre Damião, por exemplo, promove reabilitação e adaptação de pacientes com sequelas decorrentes de várias doenças, incluindo a hanseníase. A unidade atende a saúde pública da Zona da Mata.
Reportagem, Nathália Guimarães