LOC.: O governo federal deve continuar com a política de conceder à iniciativa privada as istrações das Unidades de Conservação e parques nacionais de proteção ambiental do país.
A ideia é estruturar os parques para torná-los capazes de se manterem economicamente, e diminuir, assim, os custos para os cofres públicos com manutenção da infraestrutura, pessoal e manejo das áreas.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em entrevista a TV Brasil, em março, que as parcerias entre governo e o setor privado na istração dos parques nacionais podem atrair mais visitantes.
TEC./SONORA: Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
"Um grande número de Unidades de Conservação que precisam ter o seu turismo incrementado, aumentado. Faremos isso através de uma parceria com o setor privado. Conceder, portanto, para que o setor privado faça a exploração, que disponibilize para as pessoas parques com melhor estrutura. Tornar essas Unidades de Conservação, os parques nacionais, algo mais atrativo para ter aqui, no Brasil, uma visitação maior dos próprios brasileiros e dos estrangeiros”.
LOC: Este ano, o Parque Nacional do Itatiaia, localizado nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, foi concedido à iniciativa privada. O contrato estipula que sejam investidos R$ 17 milhões na infraestrutura da unidade. A empresa terá 25 anos para explorar economicamente o parque por meio de vendas de ingressos, estacionamento, alimentação, comércio, hospedagem e turismo de aventura.
Até o fim do ano, o Ministério do Meio Ambiente deve efetivar Parcerias Ambientais Público-Privadas em mais quatro parques nacionais de preservação ambiental: Jericoacoara (CE), Lençois Maranhenses (MA), Chapada dos Guimaraes (MT) e Aparados da Serra (RS).
No ano de 2017, as quatro unidades receberam mais de 1,1 milhão de visitantes. No mesmo ano, mais de 10,7 milhões de pessoas visitaram as 335 unidades de conservação federais em todo país. Em apenas 14 delas, que cobram ingressos, foram arrecadados cerca de 55 milhões de reais. Os dados são do ICMBio.
A fiscalização e monitoramento dos serviços prestados pelas empresas que vão istrar os parques nacionais serão realizados pelo ICMBio. Isso é considerado um fator importante para o especialista em Economia e Meio Ambiente da Universidade de Brasília, Pedro Zuchi.
TEC./SONORA: Especialista em Economia e Meio Ambiente da UNB, Pedro Zuchi
“É bom se a gente tiver um sistema de controle, que vai ter de ser muito efetivo, para que os contratos de concessão possam ser trabalhados, para a gente ter a certeza que a unidade está sendo conservada, que os recursos naturais ali existentes estão sendo preservados, que as normas de turismo dentro das unidades estejam sendo preservadas”.
LOC.: As Unidades de Conservação (UC’s) foram criadas para proteger os biomas brasileiros, em áreas consideradas de grande importância biológica. As UC’s são concebidas por leis federais, estaduais e municipais, pautadas em estudos científicos e técnicos e classificadas em duas categorias: Unidades de Proteção Integral e de Uso Sustentável. Cada categoria ainda se divide em cinco grupos, nas Unidades de Proteção Integral, e em sete, de Uso Sustentável.
Reportagem, Cristiano Carlos