LOC.: O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal da primeira quadrissemana de maio de 2024 aumentou 0,45%, acumulando uma alta de 3,23% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas.
A economista Ana Cláudia Arruda destaca que cinco das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo nas taxas de variação, com destaque para Belo Horizonte, Salvador, Recife, São Paulo e Porto Alegre.
TEC./SONORA: Ana Cláudia Arruda, economista e conselheira federal da Cofecon
“Vários fatores contribuem para esse aumento. As pressões inflacionárias são decorrentes, sobretudo, do aumento dos preços dos alimentos, que também comprometem muito a cesta básica. Por outro lado, a política monetária com taxa de juros elevadas e a demanda aquecida comprometem muitos preços internos. Além disso, a desvalorização cambial também afeta os preços das importações."
LOC.: O economista José Luiz Pagnussat explica que já era esperada essa elevação dos preços ao consumidor, especialmente devido às chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul.
Ele explica que o Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção nacional do arroz. Como parte do grão não havia sido colhido, agora está perdido debaixo d’água. Com parte da colheita sendo perdida do estado, ele destaca que a a ter um problema de redução de oferta de vários produtos — e com uma menor disponibilidade os preços tendem a subir.
TEC./SONORA: José Luiz Pagnussat, economista, ex-presidente da Corecon-DF
“Mas também há problemas internacionais, que acabaram pressionando alguns preços. Então o índice reflete um pouco dessa turbulência. O normal nos meses de maio, junho, é ter preços em queda ao nível de consumidor.”
LOC.: O economista aponta que, nesses meses em que o Brasil teria sazonalmente uma redução de preço, a perspectiva é de aumento dos valores.
Reportagem, Nathália Guimarães, com narração de Marquezan Araújo