LOC.: A indústria aeroespacial brasileira vai voltar a receber investimentos após quase oito anos. Neste segundo semestre, três editais que visam o desenvolvimento de tecnologias para o setor foram lançados. Juntos, eles representam aporte da ordem de 550 milhões de reais.
Para o presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Julio Shidara, essas oportunidades podem alavancar a indústria aeroespacial brasileira e colocar o Brasil na direção do que é praticado nesse segmento em países desenvolvidos.
TEC./SONORA: Julio Shidara, presidente da AIAB,
“Estamos vivenciando um divisor de águas do setor tecnológico, não apenas do setor aeroespacial. Com o lançamento dos editais, espero que o Brasil finalmente e a seguir a receita adotada por todos os países com programas espaciais desenvolvidos, que são considerados programas de Estado, com comprometimento de alocação de recursos a longo prazo.”
LOC.: Em agosto, o governo federal recebeu uma proposta do SENAI de inovação na indústria aeroespacial a partir do desenvolvimento de uma rede com quatro polos de competitividade no Brasil e um centro internacional nos Estados Unidos. A ideia é desenvolver e aumentar a inserção nos mercados internacionais da indústria nacional.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a proposta poderia levar a indústria do setor aeroespacial brasileiro a ser mais competitiva e, consequentemente, gerar mais empregos, bem como a inserção no mercado global de alta tecnologia.
O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, destaca a importância do desenvolvimento de núcleos de inovação tecnológica.
TEC./SONORA: Carlos Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira
“Criar núcleos de inovação tecnológica com essa vocação industrial, engajado nas cadeias produtivas mundiais, é um caminho praticamente necessário para que nós consolidemos as lideranças que já temos e possamos aproveitar novos nichos, novas oportunidades que tem surgido, como aeronaves de decolagem vertical, veículos não tripulados, e tantas outras, seja no setor aeronáutico, seja no espacial.”
LOC.: Os três editais recentemente lançados visam o desenvolvimento de um Veículo Lançador de Pequeno Porte; Plataformas Demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáutica; e Satélite de Pequeno Porte de Observação da Terra de alta resolução.
Reportagem, Thiago Marcolini