LOC.: A Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, o Ministério da Infraestrutura e a Empresa de Planejamento e Logística começaram, no último dia 3 de outubro, uma série de reuniões com empresas interessadas em participar do processo referente à concessão do Porto de Itajaí, em Santa Catarina.
O objetivo dos encontros é promover e ampliar investimento no setor portuário. O projeto em questão visa atrair investimentos que devem chegar a quase R$ 3 bilhões. Na avaliação do advogado especialista em Parcerias Público-Privadas e Concessões, Wesley Bento, iniciativas como essa dão ao Brasil uma possibilidade de maior participação no mercado externo.
TEC./SONORA: Wesley Bento, advogado especialista em Parcerias Público-Privadas e Concessões
“Segundo o Banco Mundial, 80% do comércio global a pelos portos. Então, projetos como esse, da concessão do Porto de Itajaí, que são inspirados no modelo australiano, no qual o Estado assume apenas as funções de regulamentação e gestão dos serviços, e deixa a gestão de infraestrutura portuária para o parceiro privado, representa maior eficiência nesta atividade portuária.”
LOC.: O contrato estabelecido no projeto tem o prazo de 35 anos, prorrogável até o limite de 70 anos, levando em conta decisões do Ministério da Infraestrutura. O critério de julgamento do leilão será o maior valor de outorga.
O economista e pesquisador da Unicamp, Felipe Queiroz, explica que, de maneira geral, tanto a iniciativa privada quanto o setor público têm uma parcela de importância em projetos de infraestrutura.
TEC./SONORA: Felipe Queiroz, economista e pesquisador da Unicamp,
“A iniciativa privada é importante porque conta com grandes consórcios e empresas com capital suficiente para investir. Mesmo assim, não exclui a possibilidade de parte dos investimentos serem efetivados por braço ativo do Estado, especialmente o BNDES.”
LOC.: As reuniões têm o objetivo de detalhar a proposta atualizada, assim como possibilitar que as empresas interessadas coloquem seus questionamentos e eventuais sugestões.
Reportagem, Marquezan Araújo