LOC.: Os municípios de todo o país vão repartir cerca de sete bilhões e 167 milhões de reais referentes à primeira parcela de agosto do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. Na comparação com o último ree, houve um aumento de quase 70% frente aos 4 bilhões e 200 milhões de reais do terceiro decêndio de julho de 2024. Já em relação à primeira parcela de agosto de 2023, o aumento foi de 21%.
O especialista em orçamento público, Cesar Lima, detalha o que provocou o aumento no primeiro decêndio de agosto de 2024.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em orçamento público
“Isso indica uma grande recuperação em relação ao ano ado e é fruto dessas sucessivas arrecadações recordes que o governo tem conseguido nos últimos meses. Tivemos uma coisa muito forte no setor de serviços no mês de julho, mas também temos a entrada de alguns 13º [salário] que o pessoal começa a pagar, então temos um resultado muito positivo para os municípios brasileiros. E vamos torcer para que esse resultado se mantenha até o final do ano, que vai dar um grande alívio para os cofres municipais.”
LOC.: Entre as capitais que vão receber os maiores valores estão Fortaleza (CE), com 62 milhões e 650 mil reais; Salvador (BA), com pouco mais de 56 milhões; e Manaus (AM), Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI), com mais de 39 milhões de reais cada.
Além disso, até o dia 8 de agosto, 50 municípios estavam impedidos de receber o FPM, de acordo com o Sistema Integrado de istração Financeira. A maioria deles são de Minas Gerais. Cesar Lima explica o que faz uma prefeitura ficar bloqueada para receber os rees.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em orçamento público
“Dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esse compromisso, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União."
LOC.: O FPM é uma das principais fontes de receita da maioria das 5.568 prefeituras brasileiras, principalmente das cidades que possuem baixa arrecadação. O fundo ajuda a custear despesas fundamentais, como folha de pagamentos e serviços de saúde.
Os recursos fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos, e são reados, a cada dez dias, a todas as prefeituras do país. São feitas transferências de dinheiro aos municípios por volta dos dias 10, 20 e 30 de cada mês.
Reportagem, Paloma Custódio