
LOC.: As festas de São João foram canceladas pelo segundo ano consecutivo por causa da pandemia da Covid-19. Os eventos movimentam a economia local durante a temporada e, segundo o Ministério do Turismo, estima-se que o prejuízo com a não realização dos festejos seja de cerca de R$ 1,5 bilhão em todo o País, sendo R$ 950 milhões apenas no Nordeste.
Os forrozeiros, que garantem grande parte da sua renda anual nesses eventos, têm sofrido com a falta do seu ganha pão. O campinense Fabiano Guimarães, de 27 anos, ganhou sua primeira sanfona aos sete anos de idade e vem ganhando a vida através da música. Acostumado a se apresentar nos palcos do maior São João do mundo, ele terminava a temporada junina já contando os dias para o próximo ano.
TEC./ SONORA: Fabiano Guimarães, músico.
“A agenda era muito cheia, o último ano de São João, antes de entrar na pandemia, fizemos mais de 30 shows, por isso está sendo tão difícil não fazer esse ano.”
LOC.: O sanfoneiro vem tentando se reinventar. Segundo ele, a alternativa de fazer com que sua música chegue até as pessoas tem sido por meio de lives e eventos virtuais, o que não substitui a renda que tinha antes da pandemia, nem os valores culturais do festejo.
Em audiência pública realizada na última semana pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, músicos e agentes culturais buscaram soluções junto ao poder público para a falta de dinheiro, consequência da suspensão das festas juninas.
A presidente da Associação Balaio do Nordeste, Joana Alves, destacou que, para além da questão econômica, é preciso preservar o patrimônio tradicional representado pelo forró.
TEC./ SONORA: Joana Alves, presidente da Associação Balaio do Nordeste.
“O São João é aquele momento em que o artista do forró mais trabalha para poder manter o equilíbrio dos grupos, ter bons instrumentos, boa qualidade de serviço. Ele precisa se manter trabalhando, se ele é um profissional da área, ele precisa ser valorizado.”
LOC.: O Ministério do Turismo destacou que tem destinado recursos da lei Aldir Blanc para os trabalhadores envolvidos nas festividades de São João em todo o País. Além disso, segundo a pasta, outra forma de auxiliar os trabalhadores do setor vem por meio da reedição do Pronampe, linha de crédito especial para ajudar micro e pequenas, com 20% reservado ao setor de eventos.
Reportagem, Rafaela Gonçalves
NOTA
LOC.: As festas de São João foram canceladas pelo segundo ano consecutivo por causa da pandemia da Covid-19. Os eventos movimentam a economia local durante a temporada e, segundo o Ministério do Turismo, estima-se que o prejuízo com a não realização dos festejos seja de cerca de R$ 1,5 bilhão em todo o país, sendo R$ 950 milhões apenas no Nordeste.
Os forrozeiros, que garantem grande parte da sua renda anual nesses eventos, têm sofrido com a falta do seu ganha pão.
Em audiência pública realizada na última semana pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, músicos e agentes culturais buscaram soluções junto ao poder público para a falta de dinheiro, consequência da suspensão das festas juninas.
O Ministério do Turismo destacou que têm destinado de recursos da lei Aldir Blanc para os trabalhadores envolvidos nas festividades de São João em todo o país. Além disso, segundo a pasta, outra forma de auxiliar os trabalhadores do setor vem por meio da reedição do Pronampe, linha de crédito especial para ajudar micro e pequenas, com 20% reservado ao setor de eventos.
Reportagem, Rafaela Gonçalves