LOC.: O modal ferroviário tem ganhado destaque no setor de infraestrutura, com projetos que visam ampliar a malha no país para escoamento de produtos. É o caso da Nova Ferroeste, que vai unir os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Ao todo, 67 municípios vão contar com um trecho da ferrovia, que vai ter, ao todo, uma extensão de quase mil e seiscentos quilômetros. A ideia é que o projeto seja levado a leilão no segundo semestre de 2022. O lance inicial será de R$ 110 milhões.
Segundo o coordenador do Plano Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, trata-se do segundo maior corredor de grãos e contêineres do país. Entre os benefícios apresentados estão redução de custos, ampliação da capacidade de exportação e diminuição do tempo de viagem.
TEC./SONORA: Luiz Henrique Fagundes coordenador do Plano Ferroviário do Paraná
“Vamos disponibilizar para a sociedade uma infraestrutura que vai ser a solução do país abaixo do paralelo 16. É um projeto com DNA paranaense, mas o impacto é nacional e até internacional quando se pensa no Paraguai.”
LOC.: O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, Venilton Tadini, diz que o novo empreendimento vai contribuir para a ampliação da competitividade econômica.
TEC./SONORA: Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base
“Hoje, você tem cerca de 20% transportado pelo modal ferroviário, e isso vai estar se elevando para cerca de 36%. Do mercado local, vamos estar transportando mercadorias de outros estados, até Foz do Iguaçu, haverá conexão com o Paraguai e com a Argentina.”
LOC.: Um levantamento divulgado pela CNI revela que, no Brasil, as ferrovias são predominantemente operadas pelo setor privado desde os anos 90. Segundo o especialista em Infraestrutura da CNI, Matheus de Castro, existe a expectativa da aprovação de 65 pedidos de autorizações ferroviárias junto ao governo federal, até o final deste ano.
TEC./SONORA: Matheus de Castro, especialista em Infraestrutura da CNI
“Temos a possibilidade de essas ferrovias autorizadas serem utilizadas, por exemplo, em trechos de curta distância. Também temos o processo de prorrogação antecipada dos contratos vigentes, que podem trazer mais recursos para investimento na extensão da própria malha.”
LOC.: Até novembro de 2021, o governo federal havia recebido vinte e um requerimentos de construções de ferrovias por operadores privados, totalizando mais de R$ 90 bilhões em investimentos previstos e mais de seis mil quilômetros de novos trilhos, em 14 estados
Reportagem, Marquezan Araújo