LOC.: Depois de discussões com os ministros do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça e Gilmar Mendes, os secretários estaduais de Fazenda definiram a alíquota fixa do ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, da gasolina em 1 real e 22 centavos. A fração anterior do ad rem, como é chamada a cobrança fixada, divulgada esta semana pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz, era de 1 real e 45 centavos por litro de gasolina e etanol anidro combustível.
A redução de 22 centavos foi anunciada nesta sexta, 31, pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz). Além disso, a vigência do novo ICMS fixo por litro da gasolina foi antecipado em 30 dias, ando a valer a partir de 1º de junho.
Segundo o presidente do Comsefaz e secretário de tributação do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, o corte na alíquota se deu de maneira técnica após esforço dos 27 entes federados, uma vez que os combustíveis constam na lista de bens e serviços essenciais, como definido pela lei complementar 194 de 2022, aprovada no ano ado.
TEC./SONORA: Carlos Eduardo Xavier, presidente do Comsefaz
“A gente fez um cálculo em cima de uma média que nós temos hoje de alíquotas modais no país e chegamos a esse valor que dá conforto para as 27 unidades federadas. E é um valor que a gente entende que vai conseguir, porque hoje nós temos 27 alíquotas distintas no país, a gente precisou chegar a um valor que desse conforto às 27 unidades federadas para que elas não tenham novamente mais perdas em suas arrecadações no contexto em que a gente vem tendo perdas desde o ano ado”.
LOC.: Essas alterações na forma de tributação dos combustíveis representam um desafio burocrático. Dessa forma, os estados decidiram criar um período de contingência de dois meses para operacionalizar a transição, conforme explica o secretário-adjunto de Fazenda de Minas Gerais, Luiz Claudio Gomes.
TEC./SONORA: Luiz Claudio Gomes, secretário-adjunto de Fazenda de Minas Gerais.
“Nós temos que ser cuidadosos nesse momento, e a forma foi prorrogar em um mês o diesel, daqui a dois meses o início do ad rem da gasolina, e para cada um desses momentos, dois meses de um período que a gente chama de contingência, onde nós vamos focar somente no faturamento de maneira que a gente possa garantir o abastecimento sem nenhuma questão para o país.”
LOC.: Com a mudança definida no ano ado, que tornou os combustíveis bens essenciais, os estados tiveram, segundo a Comsefaz, perdas de RS$ 26,9 bilhões, mas um acordo parece estar próximo.
Reportagem: Álvaro Couto