LOC.: Os estados do Centro-Sul do Brasil seguem apresentando sinais de queda nos quadros das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) por Covid-19, enquanto vários estados do Nordeste indicam aumento no número de novos casos da doença. Os dados são do último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (14).
De acordo com o boletim, nos últimos dois meses a incidência e mortalidade de SRAG têm sido maiores entre crianças pequenas de até dois anos de idade e pessoas a partir de 65 anos.
Além do Covid-19, vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), rinovírus e adenovírus também são notáveis pela sua incidência em crianças pequenas. Por outro lado, a mortalidade por SRAG é consideravelmente mais alta entre os idosos, com a Covid-19 sendo a principal causa.
O infectologista Julival Ribeiro enfatiza a eficácia da vacinação na prevenção de várias doenças, como gripe, Covid-19, tétano, difteria, coqueluche e febre amarela. Ele também ressalta a atual recomendação do Ministério da Saúde para que as pessoas, especialmente aquelas pertencentes a grupos de risco, realizem a vacinação das doses de reforço.
TEC./SONORA: Julival Ribeiro - infectologista
“Portanto, a vacinação é a melhor estratégia para prevenir a Covid-19. Portanto aqueles em que o ministério está solicitando a presença para atualizar o seu calendário vacinal não só da Covid-19, mas para todas as outras vacinas, sobretudo as crianças, para as vacinas que estão no calendário, os pais devem levar seus filhos para vacinar.”
LOC.: A advogada de 25 anos, Alessandra Sales, conta que tomou duas doses da vacina e pegou Covid-19 antes e depois da vacinação. Ela observou uma diferença significativa nos sintomas entre as duas ocasiões. Na primeira infecção, enfrentou perda de paladar e olfato. Já na segunda vez, após a vacinação, os sintomas foram mais brandos, como os de um resfriado e o único sintoma foi a tosse.
TEC./SONORA: Alessandra Sales, advogada
“Para mim, a importância da vacinação contra o vírus é que os sintomas não se agravem, podendo levar a óbito. A importância da vacinação também é uma questão de saúde pública para evitar a proliferação do vírus e para evitar que o vírus se espalhe tão rapidamente quanto ele se espalhou no início.”
LOC.: Durante as últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A com 1,3% dos casos, influenza B com 0,3%, VSR com 13,3%, e Covid-19 com 61,6%.
Em relação às mortes associadas a esses vírus no mesmo período, a influenza A não registrou casos, a influenza B representou 0,6%, não houve mortes pelo vírus sincicial respiratório, e o Covid-19 foi responsável por 95,5% das mortes.
Reportagem, Sophia Stein