LOC.: A partir de 2024, todos os consumidores do grupo A poderão aderir ao mercado livre de energia. O grupo tarifário A inclui consumidores de alta e média tensão. Atualmente, só quem consome mais de 500 quilowatts por mês — os grandes consumidores — pode comprar energia diretamente. Com a ampliação, todas as empresas desse grupo vão poder escolher de quem adquirir a energia, independentemente do seu consumo.
Para a gerente de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Tania Mara Santos, a expansão do ambiente livre de contração pode reduzir custos e aumentar a competitividade no setor. Nesse ambiente de contratação livre, os consumidores podem negociar preços e condições de compra de energia, podendo economizar até 30% sobre os valores do mercado cativo — aquele atendido pelas distribuidoras.
TEC./SONORA: Tânia Mara Santos, gerente de energia da FIEMG
“A gente ainda tem muito que evoluir, mas tem uma série de medidas que precisam ser tomadas em termos de regulamentação de legislação, mudanças e esclarecimentos nas legislações estaduais. Isso dá segurança jurídica para que os investidores façam realmente essas substituições, essas trocas e tenham a comercialização dos seus produtos e de suas novas tecnologias nos processos industriais também”.
LOC.: A abertura do mercado livre de energia e outras atualizações nas regras do setor elétrico estão previstas em um projeto de lei já foi aprovado no Senado Federal, que está na Câmara dos Deputados aguardando criação da comissão especial pela Mesa Diretora.
Para o deputado federal Domingos Sávio, do PL de Minas Gerais, a abertura do mercado livre de energia deve contribuir para a expansão da matriz de energia brasileira.
TEC./SONORA: Domingos Sávio, deputado federal (PL – MG)
“O marco legal, ele é importante não só para gerar concorrência natural no mercado livre, para dar segurança jurídica, mas também para que a gente possa estabelecer, maior competitividade e maior estímulo à energia limpa e sustentável. O Brasil felizmente tem na sua base de energia que é gerada e consumida aqui energia renovável, mas é preciso mais investimentos, especialmente na energia eólica, energia fotovoltaica que precisam ter o arcabouço legal, apoio e segurança jurídica”.
LOC.: Atualmente, o mercado livre de energia atende 90% da demanda elétrica da indústria brasileira, segundo dados do boletim mensal da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. De acordo com a associação, o mercado livre de energia registrou um crescimento de 18% nos últimos 12 meses — e atraiu mais de 5.000 unidades consumidoras no período.
Reportagem, Landara Lima