LOC.: O prazo do Programa Desenrola Brasil foi prorrogado até 31 de março de 2024. Os usuários com conta bronze no GOV.BR já podem ar a plataforma de renegociação de dívidas do governo federal a partir desta terça-feira (11). O programa já ajudou mais de 10 milhões de brasileiros e abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
De acordo com o Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil, a segunda fase do programa, iniciada em outubro, ofereceu descontos significativos, superando noventa e oito por cento do valor total da dívida.
O conselheiro suplente do Conselho Regional de Economia da Bahia Edval Landulfo alerta as pessoas que conseguiram liquidar suas dívidas para terem cuidado e evitarem novas dívidas, principalmente diante das tentações de fim de ano.
TEC./SONORA: Edval Landulfo - economista
“O risco de endividamento neste período é gigantesco. E aí você tem toda uma dificuldade para o início do ano, quando vem algumas festas, compromissos como compra de material escolar, IPTU, IPVA, para quem tem carro ou moto, tem alguns impostos a pagar. Então, tem que ter essa cautela para que o nome não venha a ficar sujo novamente, negativado”.
LOC.: De acordo com o Serasa, em outubro o Brasil registrou cerca de 72 milhões de pessoas inadimplentes. O que representa um aumento de 130 mil pessoas em comparação com o mês anterior.
O consultor financeiro Edísio Freire destaca as amplas consequências da inadimplência, que vão desde problemas emocionais e familiares até dificuldades para obter crédito.
TEC./SONORA: Edísio Freire - consultor financeiro
“Não poder ter o a nenhuma linha de crédito que seja verdadeiramente necessária no seu dia a dia, se precisar comprar um imovel, um veículo, ter um financiamento… Em alguns casos pode prejudicar coisas mais simples como ter um contrato com uma operadora de telefonia e internet, você pode ter seu crédito totalmente limitado, isso é ruim”.
LOC.: O consultor orienta que, após quitar as dívidas, é preciso refletir sobre o período que ficou no vermelho e adotar algumas estratégias para não fazer novas dívidas, como o uso de planilhas, concentrar as compras em um único cartão e fazer reserva de emergência.
Reportagem, Sophia Stein