LOC.: A demanda por bens industriais cresceu 0,2% em outubro, segundo o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais. O economista Cesar Bergo analisa que apesar de ser um crescimento tímido, essa alta é importante para manter o setor industrial estável. Segundo o especialista, esse aumento foi puxado pela melhoria do cenário econômico, a redução da inflação, com recuperação do cenário crítico de pandemia, principalmente do setor de serviços e comércio.
TÉC./SONORA: Cesar Bergo, economista.
“Apesar de mostrar uma estabilidade, o setor industrial realmente no ano de 2022 enfrentou muitas dificuldades, sobretudo na cadeia de fornecimento, na questão da produção também. Isso acaba afetando a demanda por esses produtos. A perspectiva de normalizar essa situação é apenas em 2024.”
LOC.: Entre o consumo aparente, a produção de bens destinados ao mercado nacional cresceu 0,3% em outubro, mas registrou um recuo de 2,4% no trimestre móvel. Já a importação de bens industrializados recuou 1% no mesmo período, mas avançou 3,9% no trimestre móvel.
O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) ressalta que o próximo governo precisará ter um cuidado maior com o setor industrial para que o segmento consiga se recuperar. Entre as medidas que o parlamentar considera como fundamentais para essa recuperação está a reforma tributária.
TÉC./SONORA: Vitor Lippi, deputado federal (PSDB-SP).
“É muito importante que entre essas agendas nós possamos ter a reforma tributária, que hoje é, sem sombra de dúvida, o maior e mais grave problema de competitividade das indústrias. Isso traz um custo para as indústrias e empresas do Brasil superior a 200 bilhões de reais de custo burocrático, o país tem um custo superior a 400 bilhões de reais de custo burocrático tributário, por conta também do gasto do governo federal, dos governos estaduais e municipais, então é algo que precisa ser enfrentado.”
LOC.: Tiveram desempenho positivo na margem, oito dos 22 segmentos da indústria de transformação, com destaque para os segmentos de outros equipamentos de transporte, com crescimento de 15,6%, e metalurgia, com 8,2%.
Reportagem, Ana Luísa Santos.