Voltar

ou

Cadastro de mídia
Foto: Reprodução/Governo de SP
Foto: Reprodução/Governo de SP

Covid-19: comunidades quilombolas da microrregião de Macaíba (RN) são vacinadas

Após notificação de casos, Macaíba e Ceará-Mirim já imunizaram 15% e 37% de suas populações quilombolas, respectivamente


As comunidades quilombolas da Microrregião de Macaíba, no leste do estado do Rio Grande do Norte, estão sendo imunizadas contra a Covid-19. Segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE), além de Macaíba, a região é composta pelos municípios de São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, São José de Mipibu e Nísia Floresta, que juntos possuem 7.795 quilombolas.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil o e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para ar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Segundo o Ministério da Saúde, 2.762 quilombolas da microrregião de Macaíba tomaram a primeira dose da vacina contra o coronavírus, o equivalente a 28,8% do público-alvo dessa localidade. Por enquanto, 199 pessoas receberam a dose de reforço do imunizante. A coordenadora de imunização local, Flávia Medeiros, reforça que o contato com a zona urbana pode deixar as comunidades quilombolas mais vulneráveis a Covid-19. “São comunidades que, na grande maioria das vezes, vivem mais afastadas da cidade, mas ao mesmo tempo têm pessoas que frequentam a zona urbana. Então, há um risco de contaminação a partir do momento que a entrada e saída de pessoas da comunidade pode levar esse contágio para os residentes da comunidade quilombola”, afirmou.

Depoimentos

Liliane Moura, líder da maior comunidade quilombola do estado – Capoeiras, em Macaíba –, está esperançosa pela chegada da vacina. Antes da imunização, duas mortes foram registradas na comunidade. “Se você tiver oportunidade de se vacinar, se vacine sim, porque são doses de esperança. Esperança por dias mais leves, esperança de que nós, enquanto resistência, temos sim que nos cuidar, que nos preservar, que tomar todos os cuidados do mundo e a vacina é essencial pra tudo isso acontecer.”

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança. Entre eles, use máscara de pano; lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações. Os quilombolas são prioridades no calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde. 

Vacinação no Rio Grande do Norte

De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, a meta é vacinar 24.980 quilombolas acima dos 18 anos, em todo o estado. Desses, 8.013 já foram vacinados com a primeira dose, e 1.543 com a segunda. Até o fechamento desta reportagem, foram disponibilizadas mais de 113 mil doses para a campanha de vacinação contra a Covid-19 na microrregião de Macaíba, sendo: 25.333 para Macaíba; 37.453 para São Gonçalo do Amarante; 27.336 para Ceará-Mirim; 15.156 para São José de Mipibu e 8.284 para Nísia Floresta.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para outras informações, e o site da prefeitura de Macaíba ou de Ceará-Mirim. A vacina é segura e uma das principais formas de combater a pandemia no novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. 

Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, e gov.br/saude.

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município


Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC.: Comunidades quilombolas da Microrregião de Macaíba, no leste do estado do Rio Grande do Norte, estão sendo imunizadas contra a Covid-19. Além de Macaíba, a região é composta pelos municípios de São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, São José de Mipibu e Nísia Floresta. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 2 mil quilombolas foram vacinados com a primeira dose da vacina. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina contra a Covid-19 nos grupos prioritários.

TEC./SONORA: Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde

“As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil o e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para ar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.” 

LOC.: Flávia Medeiros, coordenadora de imunização de Macaíba, ressalta que o contato com a zona urbana pode deixar as comunidades quilombolas mais vulneráveis ao coronavírus.

TEC./SONORA: Flávia Medeiros, coordenadora de imunização de Macaíba - RN

“São comunidades que, na grande maioria das vezes, vivem mais afastadas da cidade, mas ao mesmo tempo tem pessoas que frequentam a zona urbana. Então, há um risco de contaminação a partir do momento que a entrada e saída de pessoas da comunidade pode levar esse contágio para os residentes da comunidade quilombola.”

LOC.: Para Liliane Moura, líder quilombola da comunidade Capoeiras, a chegada da vacina é uma esperança para o quilombo que, antes da imunização, registrou duas mortes pelo coronavírus.

TEC./SONORA: Liliane Moura, líder quilombola da comunidade Capoeiras

“Se você tiver oportunidade de vacinar, se vacine sim, porque são doses de esperança. Esperança por dias mais leves, esperança de que nós, enquanto resistência, temos sim que nos cuidar, que nos preservar, que tomar todos os cuidados do mundo e a vacina é essencial para tudo isso acontecer.”

LOC.: Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Vale lembrar que, mesmo com a primeira dose da vacina, é preciso cumprir o distanciamento social e os protocolos de contenção contra a Covid-19: use máscara, lave as mãos, evite aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilize álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície. 

Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, e gov.br/saude.

Reportagem, Luiza Aldser