LOC.: Comunidades quilombolas da Microrregião de Macaíba, no leste do estado do Rio Grande do Norte, estão sendo imunizadas contra a Covid-19. Além de Macaíba, a região é composta pelos municípios de São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, São José de Mipibu e Nísia Floresta. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 2 mil quilombolas foram vacinados com a primeira dose da vacina. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina contra a Covid-19 nos grupos prioritários.
TEC./SONORA: Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde
“As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil o e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para ar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
LOC.: Flávia Medeiros, coordenadora de imunização de Macaíba, ressalta que o contato com a zona urbana pode deixar as comunidades quilombolas mais vulneráveis ao coronavírus.
TEC./SONORA: Flávia Medeiros, coordenadora de imunização de Macaíba - RN
“São comunidades que, na grande maioria das vezes, vivem mais afastadas da cidade, mas ao mesmo tempo tem pessoas que frequentam a zona urbana. Então, há um risco de contaminação a partir do momento que a entrada e saída de pessoas da comunidade pode levar esse contágio para os residentes da comunidade quilombola.”
LOC.: Para Liliane Moura, líder quilombola da comunidade Capoeiras, a chegada da vacina é uma esperança para o quilombo que, antes da imunização, registrou duas mortes pelo coronavírus.
TEC./SONORA: Liliane Moura, líder quilombola da comunidade Capoeiras
“Se você tiver oportunidade de vacinar, se vacine sim, porque são doses de esperança. Esperança por dias mais leves, esperança de que nós, enquanto resistência, temos sim que nos cuidar, que nos preservar, que tomar todos os cuidados do mundo e a vacina é essencial para tudo isso acontecer.”
LOC.: Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Vale lembrar que, mesmo com a primeira dose da vacina, é preciso cumprir o distanciamento social e os protocolos de contenção contra a Covid-19: use máscara, lave as mãos, evite aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilize álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície.
Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, e gov.br/saude.
Reportagem, Luiza Aldser