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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil reverte trajetória de queda nas coberturas vacinais em 2023

Com esse resultado, o país conseguiu alcançar 95% da meta de imunização de crianças até um ano em 2023


A cobertura vacinal entre crianças parou de cair em 2023. As informações são do Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os números ainda são preliminares, mas a tendência é que a cobertura registre novo aumento. Os técnicos observaram que, desde 2016, o Brasil vinha registrando quedas na cobertura vacinal. Para alcançar esse resultado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que foi adotada uma estratégia de regionalização, mas que precisa continuar para que os números melhorem ainda mais.

“Avançamos, mas há muitos desafios pela frente. Mas esse avanço é decisivo e significativo para o Brasil, que já tem 50 anos do seu Programa Nacional de Imunizações, recupere a sua cultura de imunização, motivo de orgulho para o país e de reconhecimento internacional”, destaca.

As equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) percorreram o Brasil, ao longo do ano, realizando oficinas com as secretarias de saúde e buscando soluções viáveis para a realidade de cada local. A imunização extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados são algumas das estratégias realizadas. 

Vacinas que se destacaram

Conforme o Ministério da Saúde, houve melhora dos índices vacinais para a DTP em todas as unidades da federação. Além disso, 26 unidades federativas aumentaram a cobertura contra a poliomielite e da primeira dose da tríplice viral. Também 24 estados tiveram alta na cobertura contra a hepatite A, meningocócica e segunda dose de tríplice viral; e 23 melhoraram a cobertura da vacina pneumocócica. Das oito vacinas recomendadas em um ano de idade, sete apresentaram aumento das suas coberturas vacinais em 2023.

Entre os estados, o Piauí teve como destaque a aplicação da primeira dose de vacina tríplice viral, ando de 82,8% para 97,8%, assim como da poliomielite, que ou de 75,9% para 89,9%, e da DTP, que de 73,1% saltou para 92,8%. O Espírito Santo também mostrou bom resultado na cobertura da meningocócica e Sergipe e Rio Grande do Norte ampliaram a imunização contra a febre amarela. Rondônia também ficou em evidência com a primeira dose de tríplice viral, que ou de 89,2% para 99,6%, atingindo a meta preconizada.

Importância da vacinação

De acordo com o médico infectologista Hemerson Luz, as pessoas precisam ter consciência da importância da vacinação: “Vacinar é um ato de proteção, um ato de amor, para com aquelas pessoas que estão mais sensíveis, mais vulneráveis, como crianças, idosos, para impedir que doenças que são preveníveis com a vacina, voltem a assolar nossa sociedade”, lembra.

O médico Julival Ribeiro, que também é infectologista, ainda acrescenta. “As autoridades sanitárias, o Ministério da Saúde e todos os órgãos envolvidos na área devem cada vez mais alertar a população da importância da vacinação para que alcancemos o melhor nível de vacinação, como já foi em épocas anteriores”, salienta.

Ele ainda reforça: “As vacinas mais importantes são distribuídas gratuitamente pelo Ministério da Saúde. E outras as pessoas podem tomar em locais privados que forneçam a vacina”, informa.

O Ministério da Saúde pretende rear mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos estados e municípios e para o lançamento do programa Saúde com Ciência.

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LOC.: A cobertura vacinal entre crianças parou de cair em 2023. As informações são do Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os números ainda são preliminares, mas a tendência é que a cobertura registre novo aumento. Os técnicos observaram que, desde 2016, o Brasil vinha registrando quedas na cobertura vacinal. Para alcançar esse resultado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que foi adotada uma estratégia de regionalização, mas que precisa continuar para que os números melhorem ainda mais.

TEC./SONORA: Nísia TRindade, ministra da saúde

“Avançamos, mas há muitos desafios pela frente. Mas esse avanço é decisivo e significativo para o Brasil, que já tem 50 anos do seu Programa Nacional de Imunizações, recupere a sua cultura de imunização, motivo de orgulho para o país e de reconhecimento internacional”


LOC.: Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que oito imunizantes recomendados do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais, de janeiro a outubro. Cresceu a procura pela hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola). Também acompanhou esse resultado a vacina contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade. O médico Julival Ribeiro, que é infectologista, diz que ainda é preciso fazer mais. 

TEC./SONORA: Julival Ribeiro, médico infectologista

“Acho que as autoridades sanitárias, o Ministério da Saúde e todos os órgãos envolvidos na área, devem cada vez mais alertar a população da importância da vacinação para que alcancemos o melhor nível de vacinação, como já foi em épocas anteriores”. 


LOC.: O Ministério da Saúde pretende rear mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos estados e municípios para continuar com a estratégia de regionalização das coberturas vacinais e também para investir no lançamento do programa Saúde com Ciência.

Reportagem, Lívia Azevedo