LOC.: O Brasil vive hoje um ”estado de alerta” para a Mpox. São mais de 1.100 casos notificados desde janeiro até setembro, número maior do que os 853 registrados em todo o ano ado. Mas bem menor do que em 2022, quando a doença chegou ao Brasil e contaminou cerca de 10 mil pessoas, causando 16 mortes.
O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, só este ano, mais de 800 pessoas morreram na África vítimas da Mpox, sendo que o número de casos suspeitos chegou a 30 mil. A maior parte desses casos foi registrada na República Democrática do Congo, afirma a OMS. Apesar dos números alarmantes, O diretor do departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, explica que a situação que vivemos hoje no país é bastante diferente da que a África enfrenta.
TEC/SONORA: Dr Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente do Ministério da Saúde
“O perfil é muito mais feminino, mais criança, muito mais miséria. São as pessoas mais vulneráveis de toda a pirâmide social, geralmente pessoas com fome e em situação de vulnerabilidade somadas.”
LOC.: O diretor do Ministério explica que o principal medicamento usado hoje — Tecovirimat — tem papel pequeno na cura da doença.
TEC/SONORA: Dr Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente do Ministério da Saúde
“O que determina a cura é o cuidado. É o fato de você ser atendido numa unidade de saúde, ter o à saúde e ter uma equipe de saúde que te dê o e básico, de questões que não estão diretamente ligadas à doença, mas de todas as questões sociais.”
LOC.: O controle da doença é pautado na observação e no isolamento. Ao notar uma ferida suspeita, a orientação do Ministério da saúde é procurar atendimento médico numa unidade de saúde. Para não contaminar outras pessoas, o doente deve se manter isolado no período mais ativo das feridas e não compartilhar objetos que possam estar infectados.
A Mpox é caracterizada por erupções de pele — como bolhas ou feridas que se curam sozinhas em cerca de quatro semanas. Além disso, o paciente contaminado pode ter febre, dor de cabeça, dores musculares e gânglios inchados.
Reportagem, Livia Braz