LOC.: O Ministério da Economia tenta encontrar espaço no orçamento para aumentar de 400 para 600 reais o Auxílio Brasil, principal programa social da atual gestão. O Norte do país é a segunda região onde a proporção dos recursos do programa é mais significativa em relação à economia local. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com a P3 Inteligência, os valores destinados a ajudar famílias em vulnerabilidade socioeconômica representam 2,16% do PIB da região.
O deputado federal Joaquim arinho, do PL do Pará, lembra que durante a pandemia o Auxílio Brasil foi importante não só para a sobrevivência de milhões de brasileiros em vulnerabilidade, como também no aquecimento da economia.
TEC. SONORA: deputado Joaquim arinho (PL-PA)
“O governo está pensando (no aumento) em vista do sucesso que foi durante a pandemia. Foi um sucesso grande porque as pessoas, além de sobreviver com o valor, também investiram. Muita gente aproveitou para investir, melhorar alguma coisa em sua casa, no seu pequeno negócio. Foi um sucesso absoluto e também aqueceu o mercado.”
LOC.: O estado do parlamentar, o Pará, é o segundo da região mais beneficiado com os recursos do programa, que representam 2,68% do PIB local. O primeiro é o Acre, com 3,18%.
Segundo o Ministério da Cidadania, mais de 18 milhões de famílias foram contempladas pelo Auxílio Brasil em junho de 2022. Já dados da Confederação Nacional dos Municípios apontam que a fila de espera conta com mais de 2,8 milhões de brasileiros.
O economista da FGV-SP Renan Gomes de Pieri acredita que o reajuste do benefício pode ser bom para aplacar o aumento do custo de vida dos últimos meses, principalmente em relação às pessoas que vivem em extrema pobreza.
TEC. SONORA: Renan Gomes de Pieri, economista da FGV-SP
“Um potencial aumento de R$ 600 pode ter um lado positivo, de contribuir ainda mais nesse momento de custo de vida mais alto, mas, o que mais preocupa é a fila de famílias que estão esperando para ingressar no auxílio. O medo é que não se priorize esse ingresso de novos beneficiários”
LOC.: Podem participar do Auxílio Brasil as famílias com inscrição no Cadastro Único. Além disso, é necessário estar em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal per capita de até 105 reais; ou em situação de pobreza, recebendo entre 105 e 210 reais por pessoa, caso o grupo também conte com nutrizes, gestantes, crianças e jovens de 0 a 21 anos incompletos em sua constituição.
Reportagem, Luciano Marques