LOC.: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, aprovou o pedido de uso emergencial da vacina Coronavac em crianças de 3 a 5 anos. A aplicação do imunizante nessa faixa etária deve ser feita com a mesma formulação e dosagem do imunizante aplicado em adultos, com posologia de duas doses e 28 dias de intervalo. Além disso, a equipe técnica da Anvisa recomendou que o imunizante não seja aplicado em crianças imunossuprimidas.
Para embasar a conclusão, foram apresentados diferentes estudos científicos que indicam a eficácia e a segurança do imunizante nessa faixa etária, como ressalta a diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas.
TEC./SONORA: Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa.
“Considerando a totalidade de dados avaliados, o contexto epidemiológico e a ausência de alternativa de proteção para crianças, a GGBIO [Gerência-Geral de Produtos Biológicos] aponta que a vacina Coronavac apresenta indicativo de benefício superior aos riscos, com resultados sugestivos de eficácia, segurança e imunogenicidade satisfatórios.”
LOC.: Um dos estudos apresentados à Anvisa é o projeto Curumim, uma pesquisa realizada no Espírito Santo, com crianças entre 3 e 17 anos, com duas doses da Coronavac no intervalo de 28 dias.
Segundo a coordenadora do estudo, Valéria Valim, professora de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo, a Coronavac se mostrou segura e eficaz no grupo pesquisado.
TEC./SONORA: Valéria Valim, professora de Medicina da UFES
“A Coronavac, em crianças de 3 e 4 anos, se mostrou segura e com imunogenicidade não inferior a crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. Essas crianças de 3 e 4 anos são capazes de induzir títulos maiores de anticorpos se comparado com crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. A Coronavac foi menos reatogênica se comparada a Pfizer. E não houve efeitos adversos graves, internações ou mortes, em todas as faixas etárias.”
LOC.: O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirma que o objetivo da autorização é oferecer mais uma opção para o enfrentamento da Covid-19.
Reportagem, Paloma Custódio