LOC.: O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirma que o Brasil pode ter ganho de 5% do Produto Interno Bruto com o mercado regulado de carbono. Isso corresponde a cerca de 120 bilhões de dólares. Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participou nesta terça-feira (20) de evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria. A CNI apresentou ao governo federal uma proposta para a implementação de um sistema regulado de comércio de emissões de carbono no Brasil.
TEC./SONORA: Geraldo Alckmin, presidente em exercício
“O governo do presidente Lula está empenhado no desenvolvimento sustentável. E um dos caminhos mais importantes é o mercado regulado de carbono. Aí nós vamos estimular as pessoas a descarbonizar, as empresas a descarbonizar, criar um mercado, oportunidades de negócios, renda, comércio exterior.”
LOC.: De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o Brasil tem potencial para ser um dos líderes globais da economia de baixo carbono, pelas vantagens comparativas que tem em relação aos outros países.
TEC./SONORA: Robson Braga de Andrade, presidente da CNI
“Se for bem planejado e conduzido de maneira adequada, esse instrumento poderá estimular o desenvolvimento tecnológico e a geração de riquezas no Brasil. Com normas claras e gestão eficiente, o mercado regulado de carbono também ajudará a aumentar a segurança jurídica e a confiança dos empresários. Será importante, ainda, para promover a competitividade das empresas, sem elevar a carga tributária.”
LOC.: O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, destaca a importância dos esforços conjuntos para alcançar a neutralidade climática até 2050.
TEC./SONORA: Ignacio Ybáñez, embaixador da União Europeia no Brasil
“A comunidade internacional precisa se juntar e assumir medidas concretas para conter as alterações climáticas. O Brasil e a União Europeia serão parceiros-chave nessa trajetória de descarbonização. Apesar de algumas diferenças, acredito que há, sobretudo, grandes convergências nas abordagens adotadas pela União Europeia e o Brasil sobre a matéria.”
LOC.: A CNI defende um mercado regulado de carbono na forma de um sistema de comércio de emissões, seguindo a modalidade Cap and Trade. Ou seja, cada empresa tem um limite determinado de emissão de gases de efeito estufa: as que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que aram do limite.
Reportagem, Fernando Alves