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Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

ÁGUA TRATADA: desperdício poderia abastecer 54 milhões de brasileiros

No Brasil, cerca de 32 milhões de habitantes sofrem com a ausência de água tratada, aponta Trata Brasil


O Brasil ainda concentra cerca de 32 milhões de habitantes vivendo sem água tratada. Mas segundo um estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, se não tivesse tanto desperdício de água própria para consumo, o país teria capacidade para abastecer 54 milhões de brasileiros. Para a presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, esta quantidade está muito acima do número de habitantes sem o ao abastecimento de água em 2024.

“A gente está falando de água que é captada no rio, que é tratada, onde tem um investimento no uso de produtos químicos, na filtração dessa água, no uso de energia elétrica, muitas vezes para bombear essa água, e ela acaba sendo perdida nesse sistema de distribuição antes de chegar na casa do cidadão”, revela.

Segundo Pretto, o “Estudo de Perdas de Água 2024 (SNIS, 2022): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, busca expor o problema econômico e social da ineficiência no controle de perdas de água no país. 

De acordo com a pesquisa, em 2022, o país registrou perdas no faturamento de 32,62%, enquanto as perdas na distribuição atingiram 37,78%. Na opinião do ambientalista e professor da Universidade de Brasília (UNB), José Francisco Gonçalves, esses números demonstram a necessidade de intervenção para melhorar esses indicadores vitais do sistema de abastecimento de água. 

“Água de boa qualidade chegando nas casas, sendo lançada nos corpos receptores após um tratamento, é o desejável tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista de saúde pública e de compromissos para a sustentabilidade”, alerta.

O relatório conclui que a universalização do saneamento básico está diretamente ligada à tentativa de aumentar a eficiência no controle e na redução de perdas de água. Conforme o levantamento, o lento progresso mostra que existem dificuldades para alcançar as metas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, de fornecer água potável a 99% da população até 2033. 

“É imprescindível combater as perdas de água para que, por meio de sistemas de distribuição eficientes, possa-se garantir o o pleno a esse recurso vital para todos os brasileiros”, reforça Luana Pretto.

O Trata Brasil informa que a pesquisa foi elaborada a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano-base 2022).
 

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LOC.: O Brasil ainda concentra cerca de 32 milhões de habitantes vivendo sem água tratada. Mas segundo um estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria GO Associados, se não tivesse tanto desperdício de água própria para consumo, o país teria capacidade para abastecer 54 milhões de brasileiros. Para a presidente executiva do Trata Brasil Luana Pretto, esta quantidade está bastante acima do número de habitantes sem o ao abastecimento de água em 2024.

TEC./SONORA: Luana Pretto, Trata Brasil

“A gente está falando de água que é captada no rio, que é tratada, onde tem um investimento no uso de produtos químicos, na filtração dessa água, no uso de energia elétrica, muitas vezes para bombear essa água, e ela acaba sendo perdida nesse sistema de distribuição antes de chegar na casa do cidadão.”
 


LOC.:  De acordo com a pesquisa, em 2022, o país registrou perdas no faturamento de 32,62%, enquanto as perdas na distribuição atingiram 37,78%. Na opinião do ambientalista e professor da Universidade de Brasília (UNB) José Francisco Gonçalves, esses números demonstram a necessidade de intervenção para melhorar os indicadores considerados vitais do sistema de abastecimento de água. 

TEC./SONORA: José Francisco, professor UNB

“Água de boa qualidade chegando nas casas, uma água de boa qualidade sendo lançada nos corpos receptores após um tratamento, é o desejável tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista de saúde pública e de compromissos para a sustentabilidade.”
 


LOC.: Conforme estudo do Trata Brasil, a universalização do saneamento básico está diretamente ligada a tentativa de aumentar a eficiência no controle e na redução de perdas de água. O lento progresso mostra que existem dificuldades para alcançar as metas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, de fornecer água potável a 99% da população até 2033. O Trata Brasil informa que a pesquisa foi elaborada a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano-base 2022).

Reportagem, Lívia Azevedo