LOC.: O atendimento com rede de abastecimento de água no Brasil chega a 177 milhões de habitantes, ou pouco mais de 84% dos brasileiros, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Mas quando o recorte é feito na região Nordeste, apenas menos de 75% da população é abastecida.
Além disso, dos quase 58 milhões de habitantes do Nordeste, pouco mais de 47 milhões se beneficiam com algum tipo de manejo e drenagem de águas pluviais. Dos 1.794 municípios da região, apenas 18% possuem sistema exclusivo de drenagem. Como comparação, no Sudeste o valor é superior a 55%.
O objetivo do setor é mudar esse panorama até 2033, elevando o abastecimento de água para alcançar 99% dos brasileiros, como preconiza o Marco Legal do Saneamento. A meta também é fazer com que, pelo menos, 90% dos habitantes possam contar com coleta e tratamento de esgoto.
Nos últimos dois anos, mais de 82 bilhões de reais já foram empenhados em leilões do setor, segundo levantamento da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon/Sindcon).
Percy Soares Neto, diretor executivo da Abcon, explica que a universalização dos serviços vai trazer benefícios econômicos e ambientais.
TEC/SONORA: Percy Soares Neto, diretor executivo da Abcon
“O investimento em saneamento consegue melhorar o meio ambiente, ou seja, reverter um dos principais problemas de poluição e qualidade da água, e ao fazer isso, acelerar a roda da economia. É um processo de ganha-ganha em todas os aspectos”
LOC.: Ainda de acordo com o diretor executivo da Abcon, para que o PIB brasileiro receba esse impacto positivo superior a 1 trilhão e 400 bilhões de reais, serão necessários investimentos de cerca de 900 bilhões de reais no setor até 2033, o que impulsiona a indústria, que por sua vez puxa mais investimentos e gera emprego e renda.
Reportagem, Luciano Marques