LOC.: O 5G já está presente em 12 capitais brasileiras. Depois das capitais, onde a tecnologia deve estar presente até 28 de novembro deste ano, os demais municípios recebem a quinta geração de acordo com o tamanho da população até 2028.
Para a expansão do 5G é necessário instalar antenas adequadas à nova tecnologia. Mas as leis municipais muitas vezes estão defasadas e dificultam o processo. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações, a Abrintel, até agora 160 municípios aprovaram a reformulação de suas leis de antenas, adaptando-as à legislação federal. As populações dessas cidades, somadas, correspondem a mais de 30% da população brasileira. São Paulo lidera o ranking com 39 cidades com leis aprovadas.
A promessa é de que a internet móvel de alta velocidade e baixa latência propicie uma revolução em diversos setores, como a Indústria 4.0 e o agronegócio conectado. Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil, explica que o 5G, nos próximos anos, trará impactos incalculáveis.
TEC. SONORA: Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil
“Com conexões melhores e mais rápidas, o 5G é capaz de conectar máquinas, objeto, coisas e pessoas. Por isso, é chamada a tecnologia do futuro. Essas características vão impactar o Brasil em inúmeros segmentos da indústria, do setor de serviços, do agronegócio e até mesmo as rotinas das pessoas dentro das casas.”
LOC.: A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) obrigou, por meio dos editais dos leilões do 5G, as empresas de telefonia a levarem o 4G a todas as cidades do país com mais de 600 habitantes a partir de 2023.
O presidente da Abrintel, Luciano Stutz, acredita que o 5G vai realmente revolucionar diversos setores. Mas que a obrigatoriedade do 4G na maior parte das cidades é que vai fazer diferença primeiro no dia a dia da população.
TEC. SONORA: Luciano Stutz, presidente da Abrintel
“O 5G, para quem compra hoje um telefone que a a nova tecnologia e começa a utilizar, vai apenas se traduzir em mais velocidade. Porque os novos serviços 5G vão chegar agora, após a tecnologia implantada. A telemedicina, cirurgia à distância, carro autônomo, exames diagnósticos à distância, isso vai acontecer sim, mas começa agora essa corrida por novas aplicações. Já o 4G, você ‘acende’ uma antena onde não tem cobertura, a pessoa no dia seguinte já pode começar a utilizar a partir da sua casa, a partir do posto de saúde que ela frequenta, da escola que seu filho frequenta. O aumento da cobertura do 4G hoje tem mais diferença econômica e social para o Brasil do que a chegada do 5G”
LOC.: Uma pesquisa realizada pela Abrintel revelou que importantes áreas metropolitanas, incluindo a periferia de grandes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia e Salvador, não contam ainda com uma cobertura 4G.
Reportagem, Luciano Marques