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Foto: Reprodução/TV Brasil
Foto: Reprodução/TV Brasil

27 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer

Câncer de mama, em mulheres, e de próstata, em homens, ainda são os tipos da doença com maior incidência no País



Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

E os números da doença crescem a cada ano. Segundo a nova estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, divulgada na última quarta (23), entre 2023 e 2025, serão diagnosticados, no país, 704 mil casos novos da doença a cada ano do triênio. 

O tumor maligno com maior incidência no Brasil segue sendo o de pele não melanoma, com um total de 31,3% do total de casos. A chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, Marianna Cancela, explica os motivos da alta incidência no país. 

“Essa incidência é maior aqui no Brasil porque nós vivemos num país tropical e as pessoas estão sujeitas à exposição solar com mais intensidade do que em outros países. Então, basicamente, a prevenção do câncer de pele é evitar exposição solar e utilizar o filtro solar quando estiver se expondo.”

O Câncer de mama, um dos mais temidos pelas mulheres, atinge 10,5% da população e, segundo estimativa do INCA, 74 mil novos casos são previstos por ano até 2025. 

Campanhas prevenção 

A professora Júlia Pessoa faz parte da estatística. Aos 35 anos, em abril de 2021,  descobriu um câncer na mama. Diante do diagnóstico, teve que ar por todos os tratamentos previstos para a doença. Desde a cirurgia para a retirada da mama, ando pela quimioterapia e radioterapia. Foram 16 sessões de quimio, duas cirurgias e 25 sessões de radioterapia. Um ano e um mês de tratamento e a remissão. Apesar de não ter descoberto a doença em uma campanha de prevenção, ela acredita na importância desse tipo de iniciativa, mas acha que ainda é preciso debater o problema mais profundamente.  

“Eu acho que falta um aprofundamento do que é uma vida com câncer, no sentido de que o diagnóstico não é uma sentença de morte. Existem pessoas que têm cânceres intratáveis. Têm uma sobrevida de anos e vão morrer de outros fatores. Fala-se pouco sobre os avanços da medicina nesse sentido. Acho que falta trazer um pouco de uma perspectiva real, debater mais sobre o tema, trazer mais profundidade mesmo. Ouvir as pessoas.”

Rede de apoio

Mais que uma doença física, o câncer pode desencadear outros tipos de doença, como explica a psicoterapeuta Jéssica Almeida. Segundo ela, geralmente os sentimentos e reações mais graves surgem logo no diagnóstico. O impacto atinge não só o paciente, mas toda a família. Segundo a psicóloga, podem surgir traços de depressão e ansiedade. Sentimentos como raiva, medo, desesperança, angústia e até mesmo a negação podem surgir durante o diagnóstico e tratamento da doença. 

Os e médicos, psicológicos e familiares são fundamentais para que o paciente consiga encarar o momento difícil. 

“O apoio psicológico em relação às pessoas da família é muito importante, mas cada membro da família vai vivenciar o diagnóstico do câncer de forma diferente, isso é muito subjetivo. Está muito ligado a como a pessoa compreende o mundo, como  enfrenta as coisas. Mas entra muito essa questão de como ela enfrenta as frustrações, como enfrenta as dificuldades da vida dela. Isso também vai influenciar na forma como ela vai lidar com o diagnóstico de um parente.”
 

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LOC.: Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Os números da incidência do câncer crescem a cada ano. Segundo a nova estimativa do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde, divulgada na última semana, entre 2023 e 2025, serão diagnosticados, no país, 704 mil casos novos da doença, a cada ano do triênio. 

O tumor maligno com maior incidência no Brasil ainda é  o de pele não-melanoma, com 31,3% do total de casos. A chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, Marianna Cancela, explica os motivos da alta incidência no país. 
 

TEC./SONORA: Marianna Cancela, chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INC

“Essa incidência é maior aqui no Brasil porque nós vivemos num país tropical e as pessoas estão sujeitas à exposição solar com mais intensidade do que em outros países. Então, basicamente, a prevenção do câncer de pele é evitar exposição solar e utilizar o filtro solar quando estiver se expondo.”
 


LOC.: O Câncer de mama, um dos mais temidos pelas  mulheres, atinge 10,5% da população e, segundo estimativa do INCA, 74 mil novos casos são previstos por ano até 2025. A professora Júlia Pessoa faz parte da estatística. Aos 35 anos, descobriu um câncer na mama. Diante do diagnóstico, teve que ar por todos os tratamentos previstos para a doença, como quimioterapia e radioterapia.  Apesar de não ter descoberto a doença durante uma campanha de prevenção, ela acredita na importância desse tipo de iniciativa, mas acha que ainda é preciso debater mais profundamente.  

TEC./SONORA: Júlia Pessoa, professora 

“Eu acho que falta um aprofundamento do que é uma vida com câncer, no sentido de que o diagnóstico não é uma sentença de morte. Existem pessoas que têm cânceres intratáveis, e tem uma sobrevida de anos e vão morrer de outros fatores. Se fala pouco sobre os avanços da medicina nesse sentido. Acho que falta trazer um pouco de uma perspectiva real, debater mais sobre o tema, trazer mais profundidade mesmo. Ouvir as pessoas.”
 


LOC.: Mais que uma doença física, o câncer pode desencadear outros tipos de doença, como explica a psicóloga Jéssica Maria. Segundo ela, o impacto atinge não só o paciente, mas toda a família e o e médico, psicológico e familiar são fundamentais para que o paciente consiga encarar o momento difícil. 
 

TEC./SONORA: Jéssica Almeida, psicoterapeuta 
“O apoio psicológico em relação às pessoas da família é muito importante, mas cada membro da família vai vivenciar o diagnóstico do câncer de forma diferente, isso é muito subjetivo. Está muito ligado a como a pessoa compreende o mundo, como ela enfrenta as coisas. Mas entra muito essa questão de como ela enfrenta as frustrações, como ela enfrenta as dificuldades da vida dela. Isso também vai influenciar na forma como ela vai lidar com o diagnóstico de um parente.”
 


LOC.: Convém lembrar que, entre profissionais de saúde, física e mental, existe o consenso de que o autoconhecimento e prevenção ainda são os melhores remédios quando o assunto é câncer. 

Reportagem, Lívia Braz